Mano Menezes quer usar toda a raiva para algo positivo no Cruzeiro no jogo de volta

Mesmo querendo não falar, Mano cansou de comentar lance polêmico gerado pela expulsão de Dedé

Mesmo querendo não falar, Mano cansou de comentar lance polêmico gerado pela expulsão de Dedé

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Buenos Aires, ARG, 20 (AFI) – O Cruzeiro não jogou bem, perdeu por 2 a 0 para o Boca Juniors dentro de La Bombonera e agora precisará de um placar elástico – vantagem de três gols – na volta, dia 4 de outubro no Mineirão, para chegar às semifinais da Copa Libertadores. O técnico Mano Menezes ameaçou não comentar o tema, mas priorizou, após a derrota, o lance da expulsão de Dedé, que realmente gerou polêmica. Ele foi expulso após um choque com o goleiro Andrada.

“Não se trata de perder um jogador (Dedé), mas o perdemos no melhor momento. Não fizemos um bom primeiro tempo, mas estávamos bem no segundo. Daí teve uma atitude inexplicável. Vamos guardar nossas forças, juntar toda esta raiva que você leva para transformar em algo positivo no jogo de volta, porque temos chances de vencer”.

Cruzeiro não fez bom primeiro tempo, melhorou no segundo, mas ficou longe de merecer a vitória

Cruzeiro não fez bom primeiro tempo, melhorou no segundo, mas ficou longe de merecer a vitória

EXPULSÃO DÁ PANO PRA MANO…
“Não preciso falar sobre a expulsão. O mundo interior está falando sobre o problema. Não quero mais falar sobre isso. Achei que as coisas iriam mudar. Prometeram mudar na Conmebol.

Mudaram-se as direções, o comando da Confederação e agora viemos com o VAR, que seria usado para não termos grandes injustiças no futebol, mas hoje estamos vendo isso aqui” – relatou o técnico.

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INSTÁVEL EM CAMPO
Sobre a atuação do time, Mano reconheceu que não teve uma boa atuação.

“Nos faltou profundidade, porque no momento em que a bola chega na frente e começa a voltar você passa a perder e a sofrer muito com a posse de bola. Penso que defensivamente foi bem, em parte. Sofremos um gol ai. Nos últimos minutos, o momento era desfavorável. Perdemos um pouco, pelo menos, o controle do que estávamos fazendo”.

Elogiou seu time, principalmente no segundo tempo. Achou que o time voltou bem com a inversão de Rafinha que passou a atuar pelo lado direito, com Thiago Neves pela esquerda e que a presença de Robinho foi importante para melhorar o poderio ofensivo.

“Até criamos uma chance salva em cima da linha, mas infelizmente, não fomos bem, nas finalizações” – concluiu.

VAR VIROU PIADA

Barcos não teve nenhuma chance real de gol para o Cruzeiro
Barcos não teve nenhuma chance real de gol para o Cruzeiro

Mas a expulsão de Dedé continuou rendendo comentários.

“Ontem tivemos uma reunião sobre o VAR. As duas equipes foram chamadas e foi explicada a maneira como seriam conduzidas todas as situações. O árbitro não marcou nada. O lance seguiu. Alguém do VAR chamou o árbitro e disse que aconteceu um lance que merecia ver.

Ninguém no campo achou, nem os jogadores do Boca. O árbitro tomou a decisão, então é o grande culpado” – reafirmou sua posição.

INCRÉDULO NA COLETIVA
No momento da expulsão, Mano Menezes deixou o banco de reservas e abriu os braços de forma horizontal. Não aceitou a decisão do árbitro paraguaio Eber Aquino. Agora o time mineiro precisa vencer por 3 a 0 no jogo de volta, dia 4 de outubro, no Mineirão.

A delegação deixou Buenos Aires de madrugada, perto das duas hora se meia, com chegada prevista para seis horas em Belo Horizonte (MG). De olho também na próxima quarta-feira, quando vai ter o jogo de volta pelas semifinais da Copa do Brasil contra o Palmeiras. Já venceu em São Paulo por 1 a 0 e agora pode empatar para ir à final. Aqui deve ter a volta do atacante Arrascaeta, que ficou no CT se tratando de uma lesão.

No final de semana, porém, a Raposa volta a jogar pelo Campeonato Brasileiro diante do Santos, domingo, às 19 horas, no Mineirão. Com apenas 34 pontos, em sétimo lugar, o time mineiro está praticamente fora da briga pelo título nacional.