Luto! Morre um dos grandes meias da Ponte Preta nos anos 70

O velório será realizado nesta quinta-feira, a partir das 10h, no Cemitério da Vila Alpina, em São Paulo

Revelado pela Ponte Preta, clube que defendeu entre 1968 e 1971, Manfrini ganhou projeção nacional ao vestir a camisa do Fluminense, onde atuou de 1973 a 1975

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Manfrini faleceu nesta quarta-feira

Campinas, SP , 10 (AFI) – O futebol brasileiro se despediu nesta quarta-feira (10) de Antônio Monfrini Neto, o Manfrini, que morreu aos 75 anos, em São Paulo. Ex-meia de reconhecida qualidade técnica, ele construiu carreira marcante por clubes tradicionais do país entre as décadas de 1960 e 1970.

Natural do bairro da Mooca, na capital paulista, onde nasceu em 23 de junho de 1950, Manfrini teve o falecimento confirmado por familiares ao jornalista Milton Neves. Ele estava internado para o tratamento de uma pneumonia provocada por complicações da Covid-19 e, durante o período hospitalar, também foi diagnosticado com insuficiência cardíaca.

O ex-jogador chegou a passar por dois procedimentos de cateterismo, mas voltou a apresentar dificuldades respiratórias na terça-feira e não resistiu.

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REVELADO NA PONTE PRETA

Revelado pela Ponte Preta, clube que defendeu entre 1968 e 1971, Manfrini ganhou projeção nacional ao vestir a camisa do Fluminense, onde atuou de 1973 a 1975. Logo em sua primeira temporada no Tricolor das Laranjeiras, foi artilheiro do Campeonato Carioca, com 13 gols, incluindo um marcado na histórica vitória por 4 a 2 sobre o Flamengo, no Maracanã, sob forte chuva, resultado que garantiu o título estadual.

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PELO FLUMINENSE

No Fluminense, dividiu o campo com nomes consagrados como Rivellino e Carlos Alberto Pintinho e assumiu o protagonismo no meio-campo, apesar de sempre lamentar não ter sido convocado por Zagallo para a Copa do Mundo de 1974.

PASSAGEM PELO PALMEIRAS

Em 1973, Manfrini também teve uma passagem curta, porém extremamente eficaz pelo Palmeiras: disputou quatro partidas, marcou quatro gols e participou de quatro vitórias, desempenho que ficou registrado em publicações históricas do clube. Anos depois, encerrou sua trajetória nos grandes centros do futebol nacional defendendo o Botafogo, entre 1976 e 1979.

VELÓRIO

Manfrini era casado com Marlene e deixa dois filhos: José Antônio, que reside na Irlanda e viaja ao Brasil para acompanhar as cerimônias, e Maria Eugênia. O velório será realizado nesta quinta-feira, a partir das 10h, no Cemitério da Vila Alpina, em São Paulo.

MANFRINI NA PONTE PRETA

Manfrini chegou à Ponte Preta em 1967, ainda garoto, após passar pelas categorias de base do Juventus, da Mooca, bairro onde nasceu e morava com os pais.

Pela habilidade demonstrada desde cedo, deixou rapidamente os quadros amadores da Macaca. Dono de chute forte, toque refinado e boa velocidade, o promissor meia-direita gostava de avançar ao ataque com tabelas curtas, que o deixavam frequentemente em condições de finalizar.

O sobrenome “Monfrini”, pouco a pouco, acabou sendo suplantado pelos equívocos repetidos dos companheiros, que passaram a chamá-lo, insistentemente, de “Manfrini” — nome que o acompanharia por toda a carreira.

O meia participou da campanha que recolocou a Ponte Preta na elite do futebol paulista, em 1969. Sob o comando do técnico Zé Duarte, a equipe campineira conquistou o título da então chamada Divisão de Acesso do Campeonato Paulista em uma campanha praticamente impecável.

Naquela trajetória marcante, a única derrota ocorreu na partida final, diante da Associação Atlética Francana, no Parque Antártica, quando o time de Franca venceu por 3 a 1.

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