Santo André, SP, 21 (AFI) – O carnaval está terminando de forma triste para quem conhece a história do futebol de Santo André. Morreu nesta terça-feira o ex-atacante Tulica, considerado um dos maiores jogadores da história do Ramalhão e ainda hoje o maior artilheiro do clube com 63 gols.

Como vários jogadores de seu geração, Tulica vinha sofrendo de diabetes, estava internado no Hospital Mario Covas, em Santo André, e até já tinha sido obrigado a amputar uma parte de sua perna. O ex-jogador tinha 59 anos e será enterrado nesta quarta-feira de cinzas em Santo André.

A diretoria do Ramalhão e a torcida do clube prometem uma homenagem a Tulica antes da partida desta quarta-feira, contra o Red Bull, às 15h, pelo Campeonato Paulista da Série A2. Com cabelos cumpridos e um estilo rebelde, Tulica era o típico atacante de área e surgiu no primeiro bom momento do Santo André no futebol paulista.

Em 1975, o ex-jogador era o número nove do Ramalhão na conquista da Divisão Intermediária (hoje A2), num período que o acesso e o rebaixamento estavam congelados no futebol paulista.

O sucesso alcançado no Santo André fez com que o jogador fosse negociado com o Fluminense-RJ, além de vestir a camisa de outros times como Vila Nova-GO, Atlético Goianiense, Centenário-PR, São Bento, Uberaba-MG, América-RN, Bragantino e Grêmio Mauaense, onde encerrou a carreira.

Batizado Alberto Soares de Araújo e nascido no dia 22 de outubro de 1952 na mesma cidade de Santo André, Tulica chegou a ser treinador das categorias de base do Santo André, mas nos últimos anos evitava até ir aos estádios.