Lúcio Bala, o velocista

Lúcio Bala, o velocista

Lúcio Bala, o velocista

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Nos tempos em que os chamados ponteiros tinham espaço no futebol, cabe recapitulação de Lúcio Bala, um dos melhores ponteiros-direitos de todos os tempos de Ponte Preta e Guarani.

Curioso é que passou também por grandes clubes do futebol brasileiro, e só teve atuações destacadas no primeiro ano de Flamengo, em 1983.

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O início da história de Lúcio no futebol foi marcado por um ‘rapto’. Natural de Mato Grosso, jogava profissionalmente no Dom Bosco daquele Estado como meia direita, e foi trazido a Campinas sem consentimento dos dirigentes de seu clube, para um período de testes na Ponte Preta, em 1975.

Para não provocar alarde, dirigentes pontepretanos o colocaram no time de aspirantes, numa partida preliminar, com a identificação apenas de Pompeu, para não provocar suspeita.

Na ocasião, Lúcio Alves Pompeu de Campos ratificou as boas informações e os dirigentes da Ponte negociaram a contratação por preço acessível, certos que seria um excelente reforço.

E foi. O técnico Zé Duarte (já falecido) o adaptou na ponta-direita e o polêmico atacante Rui Rei pôde usufruir de precisos cruzamentos para fazer gols de cabeça.

Lúcio infernizava laterais-esquerdos. Foi tido como um dos maiores velocistas do futebol brasileiro da época, ao lado de Edu Bala – ex-Lusa, São Paulo e Palmeiras.

Tarcisio, do Grêmio, também foi um ponta-direita de velocidade, mas diferentemente de Lúcio Bala e Edu Bala, preferia fechar em diagonal e completar as jogadas, a levar a bola ao fundo de campo.

Cabe esclarecer que Lúcio não era jogador de rara habilidade. Compensava com o drible na corrida, suficiente para chegar ao fundo do campo e colocar o necessário efeito na bola nos cruzamentos, com a parte interna do pé.

No Palmeiras em 1979 fracassou, recuperando a forma no biênio 1981-82 no Guarani, quando foi um elogiado coadjuvante para os gols do meia Jorge Mendonça.

No Flamengo começou bem, mas caiu de produção na segunda temporada, ocasião em que se transferiu ao América (RJ), trocado pelo lateral-direito Jorginho, hoje treinador.

Depois, marcado por seguidas contusões e o peso da idade, nunca mais foi o mesmo nas passagens por Coritiba, Comercial de Ribeirão Preto (SP), ASA de Arapiraca (AL) e Mixto de Cuiabá (MT), em 1989, onde encerrou a carreira de atleta.

Lúcio, que vai completar 57 anos de idade em outubro, está radicado em Cuiabá – sua cidade natal -, trabalha como servidor público e, embora tenha engordado, segundo seus amigos ainda participa das tradicionais ‘peladas.

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