Louzer e Pintado, rivais no dérbi, têm melhorado seus times

Os dois técnicos de Campinas têm sido eficientes para ajustar jogadores em posições e conseguir uma produção maior do time como um todo.

Claro que o jogo entre os principais rivais não perdeu em nada de importância, mas convenhamos que era muito exagero sobre o dérbi

Brasileirão - Série B
Pintado, técnico da Ponte Preta. Foto: Thiago Almeida

BLOG DO ARI

Campinas, SP, 27 (AFI) – Antigamente caía-se na tolice de fomentar o dérbi campineiro até três semanas antes do confronto. Claro que o jogo entre os principais rivais não perdeu em nada de importância, mas convenhamos que era muito exagero.

Agora, em semana do dérbi, programado para a noite do próximo sábado, é momento sim para cada dia uma pincelada sobre o assunto.

Que tal então cutucar aqueles ultrapassados que continuam relativizando a importância dos treinadores?

Parece que ainda sonham com equipes do passado que se davam ao luxo de ‘produzir’ craques que decidiam partidas.

LOUZER

Convém cutucar esses caras e exemplificar dois jogadores em questão, dos clubes que Campinas, que cresceram bastante de rendimento, fruto da confiança e trabalhos específicos de seus treinadores.

Quanto o Guarani, com a perda do eficiente lateral-esquerdo Jamerson, a princípio havia desconfiança sobre a fixação do substituto Mayk.

Mayk se caracterizava mais como jogador de marcação, sem que o treinador Bruno Pivetti, na passagem pelo clube, conseguisse melhorar a condição dele.

Com a chegada do sucessor Umberto Louzer, o futebol de Mayk melhorou consideravelmente.

Passou a ganhar confiança para sair jogando, fazer triangulações com companheiros que usam o corredor esquerdo, e foi escolhido como mais um dos homem das bolas paradas.

Em jogadas ensaiadas nas cobranças de escanteios, ele tem colocado a bola no primeiro pau, e o exemplo mais claro de êxito foi o gol de cabeça do volante Matheus Barbosa, contra o Sampaio Corrêa.

Em cobranças de faltas, Mayk tem sido um dos indicados, quer em lances combinados, quer em finalizações diretas à meta adversária.

E aí incrédulos sobre a importância do treinador para a evolução técnica do atleta?

Vai continuar dizendo que isso deveria ter sido feito nas categorias de base?

Brasileirão Série B
Umberto Louzer melhorou produção do Guarani. Foto: Thomaz Morastegan – GFC

PINTADO

Evidente que o treinador Pintado ainda precisa acrescentar muita coisa neste elenco da Ponte Preta, mas é inegável que gradativamente se percebe algum ganho, como providenciais alterações ao longo de partidas, com mudança de configuração.

É notório que o atacante Eliel tem correspondido, principalmente considerando-se que não tem sido abastecido como manda o figurino.

Contra o Ceará, recentemente, foi ele quem explorou rebote do goleiro Bruno Ferreira e tocou de cabeça para empatar a partida, em Fortaleza.

No segundo minuto da partida diante do Londrina, Eliel fez lembrar aquele ‘centroavantão’ do passado que antecipava-se aos zagueiros adversários para, num toque sutil, colocar a bola na rede.

Dirão que as lesões dos atacantes Pablo Dyego e Jeh sugeriram a entrada de Eliel, mas mesmo com a chegada de André o treinador Pintado teve percepção que poderia posicioná-lo na beirada do campo, com liberdade para fazer a diagonal.

Isso resultou em confiança ao atleta que, repito, sem que seja devidamente abastecido, tem criado desconforto a defensores adversários.