Campinas, SP, 9 (AFI) – De repente, ameaçado pelo rebaixamento no Campeonato Brasileiro da Série B o Guarani adotou uma linha diferente de comando. Nesta tarde apresentou o técnico Lisca com a missão de evitar a volta para a Série C, de onde veio ano passado. O técnico mostrou confiança no seu taco, garantindo que vai se dedicar 24 horas por dia ao clube e que o maior problema é ‘ter um time’.

Escolhido para substituir Marcelo Cabo, demitido após a derrota pro 3 a 0 para o Oeste, na Arena Barueri, Lisca foi bastante claro em suas posições:

“O Guarani é um grande clube, tem bons jogadores, mas não tem um time”.

Mas ele não mostrou temer o rebaixamento, embora o time ocupe a 15.ª posição, com 34 pontos.

“Não há motivo para desespero, porque sete ou oito clubes estão nesta briga contra o descenso” – avaliou o técnico chamado no meio do futebol de Lisca Doído.

FILOSOFIA LISCA
Usou de seus conceitos budistas para explicar a situação de momento do clube.

“A gente só curte a vida quando a gente aceita a morte. Daí os pequenos detalhes começam a valer a pena, como um sorriso, um abraço. Agora caiu a ficha do Guarani, por isso estou aqui”.

Mas ele já vinha acompanhando bem a Série B, afinal dirigiu o Paraná por sete rodadas. Agora faltam dez rodadas e existe a exigência de uma mudança radical de postura e de resultados.

“Se não mudarmos, vamos cair. É preciso ter um time forte, unido, determinado e que vença”, concluiu.

MUDANÇA NA DIREÇÃO
O Guarani volta a campo no próximo sábado diante do vice-lanterna Náutico, às 19 horas, no Lacerdão, em Caruaru, pela 29.ª rodada. A semana promete ser de muitas emoções pelo lado do Brinco de Ouro.

Junto com Lisca se apresentou o auxiliar Márcio Hahn, ex-volante gaúcho que já atuou em clubes paulistas como Portuguesa e São Caetano, entre outros, e o preparador físico Marcelo Roni, ex-Juventude.

Foi confirmada a saída de Anaílson Neves do cargo de superintendente de futebol, função que será acumulada por Luciano Dias, auxiliar técnico fixo do clube.