Lesões no São Paulo chamam atenção e superam média da Uefa em jogos

Tricolor vê número de atletas lesionados crescer e avalia métodos do DM.

São Paulo tem índice de lesões em jogos acima da média da Uefa no Brasileirão 2025.

São PAulo-2025
DM do São Paulo sofre com lesões recorrentes dos atletas. (Foto: Erico Leonan/São Paulo)

São Paulo, SP, 17 (AFI) – O São Paulo liga o sinal de alerta. O clube registrou índice de lesões em jogos acima da média da Uefa nesta temporada do Brasileirão 2025.

O problema ganhou destaque após Wendell, lateral-esquerdo, se machucar nos primeiros minutos da derrota por 2 a 1 para o Grêmio, aumentando a preocupação do departamento de Saúde e Performance.

Segundo dados apresentados pelo coordenador Felipe Marques, a incidência de lesões do Tricolor durante as partidas chega a 32 casos por mil horas, enquanto a média da Uefa é de 23,8.

Já nos treinos, o índice caiu para 0,9, bem abaixo do padrão europeu, que é de 3,4. No geral, somando jogos e treinos, o clube registra 3,6, contra 7,7 da Uefa.

LESÕES NO SÃO PAULO

O fisioterapeuta explicou que o cálculo absoluto de jogadores lesionados pode distorcer a análise, pois depende do número de atletas expostos e da quantidade de jogos e treinos. Ele destacou que o método correto é dividir o número de lesões pelo tempo de exposição, como é feito mundialmente.

“Se a gente pegar o número absoluto do São Paulo, talvez seja alto, já que a gente trabalha com um grupo maior, sempre com 40, 43 atletas, e como exponho mais atletas, eu tenho mais lesões. Para evitar esse tipo de viés, a gente pega o dado e divide pelo número de exposição. Isso é usado mundialmente”, afirmou Marques.

Na Data Fifa, o São Paulo teve cinco jogadores afastados por questões clínicas: Oscar (panturrilha), Cédric Soares (fratura no dedão do pé direito), Enzo Diaz (quadril), Leandro e Dinneno (joelho).

DEPARTAMENTO MÉDICO

Felipe Marques ponderou que não é justo responsabilizar o departamento médico apenas pelo número de lesões, mas sim pelo tempo de recuperação e pela reincidência dos casos.

Para ele, a cobrança deve acontecer quando o tempo de afastamento aumenta ou quando um atleta sofre repetidas lesões.

O coordenador também ressaltou a importância de monitorar o trabalho de preparação física e fisiologia, buscando entender o motivo de eventuais aumentos de lesões nos treinos.

O clube segue avaliando os métodos para diminuir o número de baixas e fortalecer o elenco na sequência do Brasileirão.

GRÊMIO VENCE O SÃO PAULO NA ARENA; VEJA OS GOLS