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ARIOVALDO IZAC

Lenda da 'Praga da mãe de Pitico', da Ponte Preta, já era !

Para os supersticiosos havia uma maldição que a Ponte Preta não conquistaria títulos. Mas o destino derrubou a história ou lenda.

Seja como for, a Ponte Preta derruba dois bordões de uma só vez, um deles já citado aqui, sobre a ironia de bugrinos de 'nunca serão'.

Série C - 2025
Pitico morreu em 2010, aos 84 anos. Foto: reprodução PonTV

Por ARIOVALDO IZAC

Campinas, SP, 27 (AFI) – Torcedor pontepretano ainda mantém clima de euforia pela conquista do título da Série C do Brasileiro, quebrando a escrita da falta de conquista relevante.

Evidente que não desconsidera a incerteza na sequência, com eventual debandada de jogadores, em decorrência de salários atrasados e sobre administração financeira do clube.

Seja como for, a Ponte Preta derruba dois bordões, um deles já citado aqui, sobre a ironia de bugrinos de ‘nunca serão’. (leia coluna especial!)

Aí, como não voltar à tona a chamada praga apregoada à mãe do ex-volante/zagueiro Pitico, da década de 50 do século passado, que o clube não conquistaria títulos, a começar pelo retorno à chamada Divisão Especial, hoje Paulistão.
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A FESTA DA CAMPEÃ !
Todos detalhes do título inédito

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Recorrendo-se à temporada de 1960, ano do rebaixamento da Ponte Preta à antiga Primeira Divisão – hoje Série A2 -, Pitico foi pouco aproveitado nos primeiros meses da competição.

E por que tudo isso?

Série C - 2025
Pitico morreu em 2010, aos 84 anos.
Foto: reprodução PonTV

DESDE 1955

Pitico teve trajetória na Ponte Preta a partir de 1955, segundo o historiador João Tidei Lima.

Já o historiador e saudoso pontepretano Sérgio Rossi, que fazia recapitulações de fichas técnicas dos jogos, nas edições de seus livros, mostrou a data de 25 de outubro de 1956, quando o então atleta atuou na vitória por 3 a 2 em Taquaritinga, em partida amistosa.

Eis a formação: Sidney; Bruninho e Dereu; Pitico, Carlinhos Roberto e Lindóia; Ivo, Ayrton, Paulinho, Gilson (Baltazar) e Adamastor.

Foto: reprodução
Festa e invasão da torcida da Ponte Preta. Foto: reprodução

TÉCNICO GENTIL CARDOSO

Pitico perdeu espaço na equipe com a chegada de Gentil Cardoso como treinador, e a última vez que foi escalado ocorreu no empate por 1 a 1 com o Comercial de Ribeirão Preto, no dia 12 de junho de 1960.

Coincidência ou não, foi o ano do rebaixamento de divisão – antigamente chamada de Primeira Divisão, hoje Paulista A2.

O descenso foi decretado no dia 20 de dezembro daquela temporada, ao sofrer goleada por 5 a 0 para o São Paulo, no Estádio Pacaembu.

Na ocasião começou a circular a informação acusatória sobre praga da mãe de Pitico, da maldição que o clube não mais conquistaria títulos.

Série C - 2025
Torcedor pontepretano: euforia pelo 1º título

Como a Ponte Preta patinou nove anos na divisão de acesso, a tal lenda da mãe de Pitico foi ganhando propagação, com ênfase no melhor período do futebol do clube, de 1977 a 1981, quando decisões de três títulos do Paulistão resultaram em lamentação pelos vice-campeonatos.

Importante lembrar que perdeu para o Corinthians duas vezes, em 1977 e 1979, e para o São Paulo, em 1981.

Com duas conquistas de títulos nos últimos três anos (em 2023 foi campeã do Paulista A2), mais uma lenda sobre a Ponte Preta é quebrada.

Agora, o que precisa ser quebrado, de fato, é esse tormentoso problema de atraso de salário de jogadores.

MEMÓRIAS DO FUTEBOL

A escolha do volante Richarlyson como personagem da semana, quer na coluna Memórias do Futebol, quer em Cadê Você, é uma mostra de irmãos que atuaram no meio.

Em Memórias, o relato é sobre a trajetória dele em grandes clubes, enquanto Cadê Você se baseia na passagem pelo Guarani, em 2017. O link é este: https://blogdoari.futebolinterior.com.br/