Kleina acerta na estratégia, e desta vez o juizão deu uma mãozinha à Ponte Preta

Macaca teve leve melhoria técnica e precisa jogar, daqui pra frente, conforme as circuntâncias

Desta vez a arbitragem deu uma mãozinha, mas importante foi vencer

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Se diante do Náutico a Ponte Preta foi prejudicada pela arbitragem, que deixou de marcar pênalti claro sobre o atacante Moisés; na noite desta sexta-feira, em Campinas, contra o Goiás, o juizão Héber Roberto Lopes deu uma mãozinha para ela, ao errar na assinalação de pênalti que não existiu.

Numa disputa com o atacante Rodrigão, a bola bateu acidentalmente no braço do zagueiro Devid Duarte e foi o bandeirinha quem induziu o árbitro a marcar o lance, convertido pelo meia Camilo aos 20 minutos do segundo tempo, naquele que foi o segundo gol pontepretano.

Assim, com a vitória por 2 a 1, o time se reabilitou de cinco jogos sem ganhar e pulou para 12 pontos, momentaneamente fora da zona da degola.

ACERTOU KLEINA

Antes que façam reparo, acertou o treinador Gilson Kleina, da Ponte Preta – mesmo cumprindo suspensão -, ao montar uma linha defensiva com cinco jogadores.

Em má fase e sofrendo gols na maioria das partidas, recomendável seria a Ponte iniciar a partida se defendendo e, não sendo vazada durante o primeiro tempo, poderia até arriscar algo mais após o intervalo.

O fato de o Goiás ter mais posse de bola, ganhar a maioria de rebotes, ‘visitar’ as imediações da área pontepretana incontáveis vezes, não significou ter criado oportunidades, exceto logo aos quatro minutos, em chance desperdiçada pelo atacante Nicolas, quando, na finalização, a bola foi defendido com o pé esquerdo pelo goleiro Ivan.

CINTURÃO DE MARCAÇÃO

Isso se deve ao eficiente cinturão de marcação colocado em prática, desconsiderando-se avanços de laterais, criação de jogadas no meio de campo e individualidades na ofensiva.

Raciocinou razoavelmente Kleina que, ao sustentar o empate até o intervalo, poderia até arriscar um pouco mais.

Foi quando abriu mão do zagueiro Ednei para entrada de Richard, que tanto ajudaria na recomposição como poderia usar velocidade para levar a bola ao ataque, de forma que o time pudesse se desafogar.

Se Camilo tem ‘gás’ pra correr pouco mais de meio tempo, foi válido deixá-lo no banco, e que pudesse extravasar todo potencial físico no segundo tempo.

RODRIGÃO

E quando finalmente a bola da Ponte começou a chegar ao ataque, o time aproveitou falha do goleiro Tadeu do Goiás, na reposição de bola, se organizou rapidamente pelo lado esquerdo com cruzamento rasteiro do lateral Rafael Santos, para Rodrigão dividir e levar a melhor sobre o lateral-esquerdo Artur, do time goiano. Estava aberto o placar à Ponte Preta aos cinco minutos.

Entretanto, sequer o time pôde comemorar, pois em menos de dois minutos já cedeu empate. Foi quando Artur cruzou da esquerda, a bola atravessou a área e Alef Manga chutou de primeira e empatou para o Goiás.

E o time visitante só não virou o placar aos 12 minutos porque o goleiro Ivan praticou defesa difícil em cobrança de falta do meia Élvis.

LUCAS CÂNDIDO

Todavia, a entrada de Lucas Cândido, a partir dos 17 minutos, serviu para revigorar o meio de campo pontepretano e ainda dar consistência ofensiva.

Foi quando a Ponte acabou beneficiada com marcação de pênalti inexistente e, na sequência, o próprio Lucas Cândido exigiu defesa no reflexo do goleiro Tadeu, ao ganhar disputa de cabeça com o zagueiro Reynaldo, aos 34 minutos.

FUTEBOL DE RESULTADO

Como futebol é resultado, de certo o clima pelos lados do Estádio Moisés Lucarelli ficará desanuviado até a próxima partida, programada para dois de agosto contra o CRB, em Maceió.

Tecnicamente pode-se atribuir mínima melhoria da Ponte Preta após entrada de Lucas Cândido, mas pra quem busca caminhos para fugir do risco de rebaixamento, a estratégia na sequência deve ser jogar de acordo com as circunstâncias.

Se o adversário tiver mais recursos, o jeito será se precaver. Caso seja possível encará-lo com chances, aí vale a pena se soltar.

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