Juventude só precisou ser 'guerreiro' para vencer o Guarani
São 'enes' os motivos para explicar esta derrota do Guarani diante do Juventude por 1 a 0, na noite desta quarta-feira, em Caxias do Sul. CONFIRA !
A postura irreverente do meia Régis, de jogar longe da área, apenas como passador de bola, precisa ser corrigida. Precisa ficar perto da área
Campinas, SP, 3 (AFI) – São ‘enes’ os motivos para explicar esta derrota do Guarani diante do Juventude por 1 a 0, na noite desta quarta-feira, em Caxias do Sul, permitindo que o adversário conquistasse os primeiros três pontos nesta Série B do Campeonato Brasileiro.
Primeiro: já prevendo que o desesperado Juventude fosse partir com tudo pra cima desde o início, visando a obtenção da vantagem, o Guarani adotou postura de se defender.
Quando o jogo se desenrola desta maneira – como já ocorreu no segundo tempo contra o Ituano – fica claro que o adversário ‘povoa’ melhor o meio de campo, e aí há sobrecarga aos seus volantes, visto que Régis não tem característica para desarme e os atacantes de beiradas raramente fecham por dentro para intensificar a marcação por ali.
Aí, com aquele ímpeto do Juventude de ‘esganar’ o adversário, tal o espírito guerreiro nas disputas das jogadas, logicamente que chances seriam criadas, e registra-se dois embaraços nos primeiros dez minutos contra a meta bugrina.
Primeiro na cabeçada do meia Nenê, livre de marcação, mas a bola murcha implicou em perda de força e facilitou a defesa do goleiro Pegorari. Depois, quando Nenê chutou rasteiro, de fora da área, e a bola ainda resvalou no polivalente Alvariño antes de entrar no canto direito da meta bugrina.
MUDANÇA DE POSTURA
Natural que em desvantagem, o Guarani fosse se encorajar e adotar postura ofensiva, o que logicamente obrigou o Juventude a recuar suas linhas. Logo, por duas vezes o time bugrino ameaçou consecutivamente, a partir do 26º minuto.
O atacante Bruninho, sem ângulo pela direita, finalizou e o zagueiro Danilo Boza travou. No desdobramento da jogada, o volante Wenderson chutou de fora da área e obrigou o goleiro Thiago Couto a praticar defesa no canto esquerdo. E a última investida de registro do Guarani no primeiro tempo foi com o atacante Bruno José e outra defesa de Thiago Couto.
Como o Juventude pautava apenas por explorar contra-ataques, o seu atacante David teve clara chance de ampliar a vantagem em contra-ataque, quando ficou cara a cara com Pegorari, mas a desperdiçou na tentativa de drible, com defesa do goleiro, aos 46 minutos.
MESMA POSTURA
Aquela cabeçada do centroavante Rodrigo Rodrigues, do Juventude, que obrigou Pegorari a difícil defesa logo aos dois minutos do segundo tempo, fugiu um pouco do script na sequência do jogo, pois a intenção do time gaúcho era manutenção de linhas baixas, se defender e procurar a manutenção da vantagem.
Eis a questão: de que adiantou a maior posse de bola do Guarani durante todo segundo tempo, se faltou capacidade para penetração?
Na prática, as jogadas ofensivas do Guarani terminavam em chuveirinhos rechaçados pelo adversário.
A rigor, a equipe bugrina apenas conseguia construir algumas jogadas através da individualidade de Bruno José, porém sem continuidade para complementação. Isolado na área adversária, o centroavante Bruno Mendes foi totalmente absorvido.
RÉGIS
A postura irreverente do meia Régis, de jogar longe da área, apenas como passador de bola, precisa ser corrigida. De certo procura espaço mais atrás pela falta do organizador de jogadas que o abasteça mais adiantado.
Todavia, jogador com a capacidade de drible e finalização, como ele, precisa obrigatoriamente se posicionar mais próximo da área adversária. E essa correção precisa ser feita imediatamente pelo treinador bugrino Bruno Pivetti.
Assim, o jogo foi se arrastando bem à caráter ao Juventude que, embora limitado, soube colocar em prática a proposta de construir a vantagem e lutar incessantemente para mantê-la.
Ao Guarani, além dos ajustes já citados, questiona-se se já não seria o caso de se dar real oportunidade para o atacante Derek no lugar de Bruno Mendes.
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