Justiça intima SAF do Botafogo em meio a disputa societária com Eagle Holding
A notificação foi entregue ao clube na última terça-feira (6), e o Glorioso tem até cinco dias úteis para apresentar sua resposta formal.
Na prática, a Eagle — que também é acionista da SAF — tenta barrar movimentos unilaterais de Textor no comando do clube
Rio de Janeiro, RJ, 08 (AFI) – O imbróglio jurídico envolvendo a SAF do Botafogo ganhou um novo capítulo nesta quinta-feira (8), quando o juiz Márcio Rodrigues Soares, da 2ª Vara Empresarial da Justiça do Rio de Janeiro, confirmou a intimação e citação do clube em ação movida pela Eagle Holding, empresa que contesta decisões recentes do acionista majoritário John Textor. A notificação foi entregue ao clube na última terça-feira (6), e o Glorioso tem até cinco dias úteis para apresentar sua resposta formal.
Na prática, a Eagle — que também é acionista da SAF — tenta barrar movimentos unilaterais de Textor no comando do clube. A empresa solicitou à Justiça que a SAF do Botafogo seja impedida de firmar contratos com companhias vinculadas a Textor ou sob sua influência. Além disso, pede a anulação dos efeitos da assembleia geral realizada em 17 de julho, na qual foi aprovada a venda da SAF para uma nova empresa sediada nas Ilhas Cayman, território classificado como paraíso fiscal.
O pedido inclui ainda a suspensão de qualquer novo ato societário do Botafogo que seja executado sem a devida representação da Eagle Bidco — uma tentativa explícita de reforçar o peso da holding na governança do clube e contestar a concentração de decisões nas mãos de Textor.
MAIS DETALHES
No centro da disputa está o controle operacional e estratégico da SAF. A Eagle alega que foi excluída de processos decisivos, contrariando o acordo firmado à época da criação da estrutura societária. Já Textor e seus representantes defendem que todas as ações foram realizadas dentro dos parâmetros legais e sob respaldo estatutário.
Apesar da tensão, ambos os lados concordam em um ponto: a morosidade na resolução da disputa pode afetar diretamente a estabilidade institucional e o desempenho esportivo do Botafogo. Enquanto a briga jurídica se desenrola, o clube precisa equilibrar os desafios dentro de campo com um cenário corporativo cada vez mais turbulento fora dele.






































































































































