Justiça anula eleição de Caboclo na CBF e coloca dirigentes de Flamengo e FPF como interventores

Eles têm 30 dias para marcar uma nova Assembleia para decidir o peso dos votos e depois agendar as novas eleições

Desembargadores acataram o recurso do Ministério Público que apontou irregularidades na Assembleia Geral da CBF em 2017

Rogério Caboclo absolvição CBF
Rogério Caboclo tenta absolvição (Foto: Leandro Lopes/ CBF)

Rio de Janeiro, RJ, 30 (AFI) – A eleição de Rogério Caboclo para a presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em 2018, foi anulada pelos desembargadores da 19ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro nesta terça-feira.

Os desembargadores acataram o recurso do Ministério Público que apontou irregularidades na Assembleia Geral da CBF em 2017. Na oportunidade, a Assembleia mudou a forma de votação, alteraram o peso dos votos, e excluiu os clubes. A CBF ainda pode recorrer.

A 19ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça ainda definiu que Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, e Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), vão atuar como interventores na próxima eleição da CBF. Eles têm 30 dias para marcar uma nova Assembleia para decidir o peso dos votos e depois agendar as novas eleições.

Até lá, Ednaldo Rodrigues segue como presidente interino da entidade nacional. Ele assumiu o posto após o afastamento de Rogério Caboclo, acusado de assediar moral e sexualmente funcionários da CBF.

A decisão desta terça-feira restituiu a determinação de primeira instância. No fim de julho, o juiz Mario Cunha Olinto Filho, da 2ª Vara Cível da Barra da Tijuca, acatou pedido do MPRJ e destituiu toda a direção da CBF. Na ocasião, Rodolfo Landim e Reinaldo Carneiro Bastos foram nomeados para, transitoriamente, cumprirem as determinações judiciais, convocando o Colégio Eleitoral.

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