São Paulo, SP, 28 (AFI) – O radialista, jornalista e empresário J. Hawilla morreu nesta última semana. Lamento muito. Tinha muita amizade com ele. Foi quem me lançou no rádio esportivo como um misto de repórter/comentarista. Trabalhei com ele na Rádio Independência, de São José do Rio Preto, quando ainda era um simples reserva de plantão.

Hawilla me convidou para trabalhar com ele na Rádio Assunção de Jales, que tinha sido inaugurada. Ninguém fazia jogos da Jalesense fora da cidade, mas Hawilla achou uma maneira de fazê-lo e obrigou a concorrente a fazer o mesmo.

PEREGRINAÇÃO NO INTERIOR

DEPOIS fomos para Votuporanga. Trabalhamos na Rádio Piratininga. Um sucesso. Audiência total. Faturamento alto (porque o Hawilla era um grande vendedor de anúncios).

De lá voltei para Rio Preto já como repórter de campo da Independência.

Pouco depois foi o Hawilla que voltou a nossa cidade e em seguida foi contratado para ser repórter de campo da Rádio Bandeirantes. Tempos depois eu fui para a capital e num dia pela manhã, no Edifício Copam onde Hawilla tinha um apartamento, ele me convidou a substitui-lo no jornal Popular da Tarde.

CHANCE EM SÃO PAULO

FIQUEI um mês, ele voltou mas eu fui contratado em definitivo porque agradei a chefia. Foi no Popular da Tarde que cheguei a Diretor de Redação. Depois fui para a editoria de esportes do Diário Popular. Nesse interim, trabalhei também na Rádio Bandeirantes de São Paulo como repórter.

A distância acompanhei Hawilla que aos poucos transformou-se num grande empresário dentro da área esportiva. Mesmo muito rico, continuava uma pessoa simples, cordata, gente boa. Ele foi meu padrinho de casamento. Era uma figura humana extraordinária.

NA MINHA vida levou comigo a seguinte frase:

” amigo não tem defeito”.

FRASE MARCANTE

Por isso, mesmo quando surgiram acusações contra J Hawilla eu mantive meu ótimo relacionamento com ele. Quando na sexta feira soube que ele havia morrido, fiquei chocado.

Afinal perdi um grande amigo e uma pessoa que me abriu campo para transformar meu sonho em realidade: trabalhar numa grande emissora como a Bandeirantes, numa TV de respeito como a Record e como jornalista de ponta de dois jornais importantes da capital paulista. Sozinho talvez não chegasse lá.

FORÇA À FAMÍLIA

POR ISSO resolvi escrever esse texto. Triste pela morte de um amigo e de uma figura importante na minha evolução profissional. Nesse momento peço que Deus ilumine a esposa do Hawilla e seus filhos. Também seus netos.

Ele foi muito bom como profissional de rádio e TV (trabalhou na Globo) e um empresário ícone no setor de marketing esportivo. Foi um vencedor. A TV Tem que é retransmissora da Globo em São José do Rio Preto pertence ao espólio de Hawilla. Que Deus receba bem o meu amigo.

Ele teve defeitos, mas também muitas virtudes.