Avellaneda, ARG, 27 (AFI) – O Independiente se posicionou nesta quarta-feira após a briga generalizada que tomou conta do duelo contra a Universidad de Chile, pela Copa Sul-Americana. O confronto, realizado no último dia 20, resultou em 19 feridos e mais de 90 detidos. O clube argentino reforçou que não foi responsável pelo tumulto, já enviou defesa à Conmebol e destacou a atuação da torcida adversária.

O presidente Nestor Grindetti, em comunicado à imprensa, frisou que os laudos apresentados apontam a violência da torcida visitante como motivo exclusivo para o cancelamento do jogo. O Independiente ainda ressaltou o cumprimento de todas as obrigações de segurança e alegou ter sido vítima de ataques organizados por um grupo de torcedores rivais.

SUL-AMERICANA SOB INVESTIGAÇÃO

Segundo o clube, um dossiê com 40 horas de material e 12 anexos entre documentos e vídeos foi encaminhado à Conmebol para embasar a defesa. O relato aponta que, logo na chegada ao estádio, a torcida chilena iniciou ações de vandalismo, destruindo câmeras, incendiando banheiros e atirando objetos na arquibancada rival por mais de quatro horas.

O comunicado oficial detalha o forte esquema de segurança implementado, com 650 policiais, 150 agentes privados e dezenas de profissionais de saúde, além de classificar a partida como de alto risco. Ainda assim, segundo o clube argentino, os incidentes começaram antes mesmo do apito inicial.

INDEPENDIENTE E CONMEBOL

Além disso, o Independiente afirma ter recebido mais de 700 depoimentos, com mais de 300 relatos de agressões. Após a evacuação parcial dos visitantes, também houve registro de violência por parte de infiltrados entre os torcedores locais, que, de acordo com o clube, serão banidos dos estádios.

Do lado chileno, o volante Marcelo Díaz considerou as declarações do presidente argentino como “repudiáveis”. O Independiente, por sua vez, reforça não tolerar atos violentos e responsabiliza a torcida visitante pelos acontecimentos que mancharam a partida da Sul-Americana.