Impacientes cartolas abusam de rifar treinadores
Impacientes cartolas abusam de rifar treinadores
Impacientes cartolas abusam de rifar treinadores
Driblar aquele turbilhão no elenco do Cruzeiro seria impossível, mas o treinador Rogério Ceni acreditou em frase de algum pensador que ‘nada como um dia após o outro’.
Problema é que no dia subsequente ao empate com o Ceará a poeira não abaixou e ele ficou apenas um mês empregado no clube.
Convenhamos que o treinador Cuca teve atitude digna. Quando se viu pressionado por torcedores do São Paulo, preferiu pegar o boné e se mandar, mesmo com respaldo da cartolagem.
‘Meu estilo não deu liga’, simplificou, enquanto os homens do futebol do clube não se explicaram sobre o despropósito de gastar horrores com um jogador apenas funcional como Daniel Alves.
WAGUINHO
Paciência com treinadores de futebol está se esgotando rapidamente. Dirigentes intolerantes os demitem na primeira crise.
O sumareense Waguinho Dias pagou o preço da intolerância, ficando cerca de um mês no Criciúma.
A derrota para o Guarani, que se juntou a outros quatro jogos sem vitória, foi determinante para que a cartolada o demitisse.
Convenhamos que a treinadorzada precisa reciclar conceitos.
Waguinho sabia perfeitamente o material que dispunha pra trabalhar, e que a missão de tirar mais desse time limitadíssimo seria tremendamente difícil.
Logo, sequer deveria ter aceitado o convite. O conveniente seria esperar o final do ano pra começar a estruturar novo trabalho em alguma agremiação.
CONDICIONAMENTO FÍSICO
Há casos & casos que implicam em demissões de treinadores.
Por que Umberto Louzer caiu no Coritiba? Caiu porque fechou os olhos para a brutal queda de condicionamento físico de seu time, que voava em campo até quase o final do primeiro turno desta Série B do Campeonato Brasileiro.
Jorginho, que o substituiu, é calejado sobre ‘manha’ de boleiro, e certamente o time do ‘Coxa’ vai voltar a correr. Logo, não se surpreendam se recuperar posições.
A reação do Vitória na competição, antes da virada de turno, teve muito a ver com a superação dos jogadores, pois claro está que um time que conta com o volante Baraka e companhia não pode se credenciar a postos altos na classificação.
Aí viu-se claramente um time sem força física para tentar reagir diante do Guarani, quando perdia por 1 a 0, e agora, com Geninho no lugar de Carlos Amadeu, de certo o departamento de fisiologia vai dar o real diagnóstico ao treinador.
Igualmente, por falta de pernas o Vitória não vai mais apanhar feio por aí.
SERENO
Por que o boleiro tem perda no condicionamento físico?
Agenda afrouxada de treinos pode ser um indicativo. Malandragem de boleiro que se poupa em treino e adere a tese de que jogo é jogo é jogo tem que ser verificada.
E a negadinha do ‘sereno’?
O que é sereno na linguagem do futebol?
Aplica-se ao boleiro que troca o descanso da noite pela farra em bares, boates e desdobramentos do prazer.
Em 1969, quando o São Paulo emprestou à Ponte Preta o saudoso e baladeiro centroavante Djair, o então diretor de futebol pontepretano Peri Chaib designou um amigo pra que fosse parceiro de noite do jogador, em acordo que bebedeira e outras cositas mais não passassem das onze da noite.
A estratégia foi copiada e até aprimorada por outros dirigentes. E por mais que a julguem arcaica certamente é válida, visto que parte significativa da boleirada ainda não entendeu que profissionalismo significa preservação do corpo, a ferramenta de trabalho.
Seja como for, é preciso mais tolerância com treinadores. Ou que os senhores cartolas evitem erros ao contratá-los, para posteriormente corrigi-los.






































































































































