Disputa de poder: Textor e Eagle brigam pelo controle do Botafogo

Clube social e funcionários reagem à tentativa de afastar Textor do comando do Botafogo.

Botafogo vive disputa entre John Textor e Eagle Football pelo comando da SAF em meio a processos na Justiça.

Foto: Divulgação/Botafogo
Foto: Divulgação/Botafogo

Rio de Janeiro, RJ, 20 (AFI) – O Botafogo enfrenta uma verdadeira batalha nos bastidores em 2025. Em meio a processos judiciais, o controle da SAF está sendo disputado por John Textor e a Eagle Football. O americano afirmou que não há prazo para a recompra da SAF e reforçou que rumores sobre cronograma de aquisição são infundados.

Em comunicado à imprensa, Textor destacou: “Notícias sobre um cronograma específico para a realização de uma oferta de aquisição não são verdadeiras. Estamos tendo conversas produtivas, dentro da Eagle, para resolver todas as divergências entre os acionistas e tomar uma decisão sobre nossa futura estratégia de negócios. A compra pela gestão é apenas uma das opções que foram consideradas, e é tão provável quanto permanecermos unidos em nossa atual rede multiclubes”.

O dono da SAF também criticou especulações externas: “A especulação de terceiros, que têm suas próprias agendas, é contraproducente. Se não tiver uma fonte citada diretamente, simplesmente não acredite. Tanto a Eagle quanto a SAF Botafogo estão focadas na continuidade de uma temporada de sucesso em 2025”.

DISPUTA JUDICIAL NO BOTAFOGO

Os advogados da SAF alvinegra apresentaram recurso na 2ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, pedindo para que a liminar solicitada pela Eagle, que tenta suspender decisões recentes de Textor, não seja aceita. A defesa do Alvinegro entende que o americano tem direito de comandar a empresa durante o litígio com os outros acionistas.

Apesar de seguir como proprietário, Textor tem pouca influência prática no dia a dia do Botafogo, que está no centro de ações judiciais e de um processo de revenda durante a temporada. O executivo também perdeu o comando do Lyon após pressões de investidores e dificuldades financeiras vividas pelo clube francês.

CONSELHO E CLUBE SOCIAL EM AÇÃO

Para adquirir o Lyon, Textor contou com recursos da Ares, de Michele Kang e da Iconic Sports, cedendo 40% das ações da Eagle Football, tendo as ações do Botafogo e do RWDM Brussels como garantia. Recentemente, houve sugestão para que o americano recomprasse as ações do Alvinegro, mas para isso teria de se desvincular do clube até a conclusão da negociação, evitando conflito de interesses.

Dirigentes e funcionários do Botafogo agiram rápido, enviando carta à Eagle em defesa de Textor, impedindo sua saída do comando. O presidente do clube social, João Paulo Magalhães, se posicionou a favor do americano junto à Eagle e à Ares.

A Eagle Football não descarta vender o Botafogo, mas não pretende fazer isso com Textor como parte dos dois lados do negócio, temendo questionamentos judiciais. O estatuto determina que qualquer mudança na SAF deve passar pelo conselho do clube, e a atual postura é de defesa de Textor, tornando difícil a entrada de terceiros na jogada.

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