Belém, PA, 28 (AFI) – Com a melhor campanha do Grupo A1 da Série D, a Tuna Luso Brasileira chega embalada para o mata-mata. A classificação veio com autoridade, sustentada pelo excelente desempenho nos jogos em Belém, foram 21 pontos somados de 27 possíveis. Mas nem tudo são flores no caminho da Águia Guerreira. Fora de casa, o rendimento preocupa e o técnico Ignácio Neto ligou o alerta.

IGNÁCIO NETO: “PRECISAMOS DE EQUILÍBRIO FORA DE CASA”

Em entrevista após a confirmação da liderança, Ignácio Neto elogiou o desempenho da equipe em seus domínios, mas não escondeu a insatisfação com os números como visitante: apenas uma vitória em sete jogos. Segundo ele, encontrar esse equilíbrio será fundamental para avançar na próxima fase.

— “Nos jogos fora de casa, tivemos muitos empates, derrotas, e poucas vitórias. Isso é uma coisa que me incomoda, é uma conversa que eu tenho com o Júlio [César Nunes]. Com esse suporte para o nosso trabalho agora, vai ser importante. A Tuna, fora de casa, precisa, se não ganhar, pelo menos não levar gol e trazer um bom resultado para casa”, afirmou o treinador.

Ignácio também destacou a força da equipe no Souza, onde mantém aproveitamento próximo de 100%:

— “Acho que dificilmente um time no Brasil consegue chegar no final da temporada com esse tipo de domínio em casa. Isso é trabalho da comissão, dos atletas e da diretoria”, completou.

MATA-MATA EXIGE MATURIDADE E CONSISTÊNCIA

A Tuna chega aos mata-matas como uma das equipes mais regulares da Série D, mas precisa evoluir fora de casa para se manter viva na competição. Para isso, Ignácio aposta na experiência do coordenador técnico Júlio César Nunes, com quem tem trocado ideias visando ajustes táticos e comportamentais.

— “A Tuna hoje tem uma identidade, uma forma interessante de jogar. Mas, como toda equipe, precisa buscar equilíbrio fora. É isso que estou buscando diariamente”, reforçou o comandante.

A equipe agora trabalha com foco total na preparação para o primeiro duelo do mata-mata, que promete ser mais exigente física e mentalmente. Ignácio Neto vê o momento como decisivo para “aparar arestas” e transformar a boa campanha em uma caminhada ainda mais sólida rumo ao acesso.