Guaratinguetá inscreve pacotão e Atlético-PR deve "assumir" time na Série C
Após saída do técnico João "Telê", Guará pode virar parceiro do Furacão
Após saída do técnico João "Telê", Guará pode virar parceiro do Furacão
Guaratinguetá, SP, 27 (AFI) – Menos de 24 horas depois da saída do “treinador” João Telê, o Guaratinguetá começou uma pequena revolução. Na tarde desta segunda-feira, o clube inscreveu 13 novos jogadores, todos eles do Atlético-PR. A chegada dos atletas é mais um indício do início de que a Garça deve ser um “clube satélite” do Furacão no segundo turno da Série C do Brasileiro.
Foram inscritos os zagueiros Marcão, Rafael Zuchi e Léo Pereira, o lateral Jean Felipe, os volantes Jonatan Lucca e Gustavo, o meia Matteus, os goleiros Lucas e Alexandre Cajuru, que subiu com a Ferroviária na Série A2 do Paulista, e os atacantes Juninho, Guilherme Schettine, André e Caíque.
Dos novos reforços, André e Guilherme Schettine fazem parte do time sub-19, o restante é do time sub-23 do Atlético-PR, que disputou a primeira fase do Paranaense no começo da temporada. Atualmente, eles estavam encostados, fora dos planos do técnico Milton Mendes.
No último domingo, logo após de pedir demissão na derrota para o Juventude, por 3 a 2, em pleno Dário Rodrigues Leite, o dublê de treinador, João Telê, entregou o cargo e comunicou que durante a semana, o clube receberia um novo treinador e teria a chegada de 10 a 15 jogadores.
Sendo assim, nos próximos dias, o Guaratinguetá deve receber outros atletas encostado no Furacão, confirmar algumas dispensas e um novo técnico. Marcelo Vilhena, ex-coordenador das categorias de base, comandou o Atlético-PR durante o Paranaense. Desta forma, o time paranaense deve indicar o comandante.
Até então, João ‘Tele’ se intitulava o “dono do Guará”. Ele pegou a administração de Pedro Panzelli, um cidadão sem créditos, que tem muitos processos nas costas por falta de pagamentos ou afins.
RECEITA DO SUCESSO?
Nesta temporada, o Atlético-PR viu o interior de São Paulo como um bom local para colocar seus jogadores para jogar. Na Série A2, a base da Ferroviária era formada por atletas do Furacão. O time conquistou o acesso comandado pelo atual técnico rubro-negro, Milton Mendes, que estava trabalhando no Sub-23.
Com administrações ruins em sequência, o Guaratinguetá se viu, pela segunda temporada seguida, obrigado a pedir ajuda de outros clubes para formar seu elenco. No ano passado, o Osasco Audax usou o Guará para “hospedar” seus jogadores durante a Série C. Neste ano, o feito se repetiu, mas a situação é ainda pior, pois em nove jogos, o time do Vale do Paraíba perdeu seis jogos e está na lanterna do Grupo B com apenas três pontos.
CRÍTICAS?
Em seu discurso de despedida, o técnico João “Telê” criticou bastante a falta de apoio da prefeitura. Segundo o dublê de comandante, a secretaria de esportes de Guaratinguetá não mostrar muita “disposição” em liberar o Dario Rodrigues Leite para que o time pudesse preparar de foram adequada. Em nota, o poder público se defendeu.
“A Prefeitura da Estância Turística de Guaratinguetá investiu R$ 150.000,00 para trocar todo o gramado do Estádio Municipal Professor Dario Rodrigues Leite, além de efetuar a reforma do sistema de drenagem, para propiciar as melhores condições possíveis para que as entidades que praticam futebol profissional no municipio, Guaratinguetá e Academia Mantiqueira, possam mandar os seus jogos oficiais num gramado de excelente qualidade. O estádio foi todo pintado e suas dependências, como vestiários e sanitários, foram revitalizadas.
Para realizar o trabalho a Prefeitura contratou uma empresa especializada e com ampla experiência, já tendo prestado serviço por exemplo para Palmeiras e Atlético Mineiro. Foi escolhida a grama Bermuda por ser a melhor para campos de futebol.
O gramado e todas as instalações do estádio municipal são cedidos para o Guaratinguetá e a Academia Mantiqueira, para que mandem os seus jogos oficiais. Atendendo a uma sugestão da empresa que fez a implantação do gramado, foi feito um acordo com as entidades para que realizem os seus treinamentos em seus Centros Técnicos, para não exigir demasiadamente do gramado.
O prefeito de Guaratinguetá Francisco Carlos comentou: “Assim teremos o estádio municipal apto para receber os jogos, mas preservando o gramado , que será utilizado somente para competições oficiais. A prefeitura tem a obrigação de prestar toda a manutenção, mas estes investimentos, principalmente no futebol, é um meio de garantir o sucesso das equipes e proporcionar a alegria da população, já que dentre todas as modalidades, o futebol é sem duvida a grande paixão dos brasileiros. Por isso a participação de empresas privadas também é importante, peço aos empresários que invistam, nem que seja um pouco, nas equipes da cidade, seja colocando suas marcas nas camisas ou em outros canais de publicidade”, afirmou o prefeito.”
VERGONHA PAULISTA
A verdade é que nas mãos de pessoas desqualificadas para o futebol, o Guaratinguetá se tornou uma vergonha para o futebol da cidade, da região e do Estado. O clube já não tinha apoio nenhum da Federação Paulista de Futebol (FPF), das autoridades de Guaratinguetá e do empresariado local.
E a “bucha” deve estourar nas mãos de Sony Douer, ex-proprietário do clube e que o entregou em “mãos perigosas”. Douer é uma pessoa correta, que tentou tocar o clube por vários anos, mas desistiu ao não ter apoio do empresariado local. Levou o time para Americana e depois voltou para Guará. Cansado de lutar sem apoio ele passou o clube para frente. Mas vai responder juridicamente pelos atos e prejuízos gerados por seus sucessores.
Algumas ações trabalhistas já estão ajuizadas e outras estão a caminho, segundo os advogados do Sindicato dos Atletas Profissionais d Estado de São Paulo. Alguns processos não seguiram adiante neste mês, devido a greve do funcionalismo.
Infelizmente para o futebol, mais um clube foi utilizado de forma imprópria e por pessoas sem a devida qualificação.






































































































































