O processo eleitoral no Guarani para o Conselho de Administração poderia ter tomado outro rumo desde o início. Não deu.
Por ARIOVALDO IZAC
Campinas, SP, 15 (AFI) – O processo eleitoral no Guarani para o Conselho de Administração poderia ter tomado outro rumo desde o início.
Na eleição passada, quando André Marconatto foi guindado à presidência do clube, o grupo de oposição já havia denunciado os tais associados fakes, decisivos para a candidatura da situação.
VEJA COMO FOI A ELEIÇÃO DO GUARANI
Por que fakes?
São pessoas até sem a devida identificação com o clube que, conforme os denunciantes, são bancadas por terceiros, com a finalidade de aparecerem no ginásio do Estádio Brinco de Ouro, para cumprir o acordo de votar.
Como o Guarani tem pouco menos de 800 associados, segundo representantes de grupos de oposição os fakes passam a ser decisivos nos votos.

DESMOTIVAÇÃO
Em decorrência disso, bugrinos raízes ligados ao clube desistiram de encarar candidaturas. Estão desmotivados.
Logo, coube a Felipe Roselli tomar a iniciativa de encabeçar a ala oposicionista no clube, na tentativa de romper os naturais obstáculos com candidatura à presidência.
Embora ele tenha uma vida ligada ao Guarani, não conta com a devida bagagem para conduzir uma candidatura.
Prova está que apenas na semana que antecedeu a eleição conseguiu ter acesso aos veículos de comunicação, para divulgar o seu projeto ao associado bugrino.
Até então, a atual diretoria executiva do Guarani continuou tocando o clube – com tomadas de decisões – como se não tivesse oposição e manifestando certeza que a reeleição estaria garantida.
ASSUNTO FUTEBOL
Se o bugrino tinha alguma expectativa que Roselli fosse abrir suposta discussão sobre futebol, nada disso ocorreu, numa clara amostragem que, a exemplo do presidente Rômulo Amaro, não tem sequer relativo domínio sobre assuntos ligados à modalidade.
Logo, numa remota suposição de que fosse eleito, copiaria o atual modelo de terceirizar decisões, transferindo-as ao executivo Farnei Coelho e ao treinador Matheus Costa.
ERROS & ERROS
Que a administração de Rômulo Amaro foi péssima, isso não pode ser contestado.
Um dirigente que participa da derrubada do clube à Série C do Brasileiro – e na lanterna -, já seria motivo para desconfiança.
No início do ano, foi conivente com erro primário da montagem de um elenco inexperiente para o Paulistão, e isso persistiu no começo da competição nacional.
Sabe-se lá orientado por quem, o dirigente decidiu buscar o treinador Matheus Costa e o executivo de futebol Farnei Coelho, para remendar tantas coisas erradas, e aí o clube foi buscar jogadores mais rodados.
PACIFICAR O CLUBE
Fosse Amaro um bugrino de autocrítica, reconheceria a sua incompetência para gerir o Guarani e traçaria um plano de unificação, aliando-se a bugrinos de um lado e de outro.
Seria uma oportuna decisão para ajudar no processo de reconstrução do clube.
Nada disso!
É ambicioso e prefere se isolar no desafio visando dias melhores.
O que o leva a esta postura? Vaidade ou coisas que não identificamos.
CHAPA DE OPOSIÇÃO IMPUGNADA
Pra arrematar, precisava a mesa que presidiu a eleição do Guarani, no domingo, impugnar a candidatura da oposição?
Ora, era quase certo que a situação teria maioria para vencer no voto.
Quando da homologação da chapa oposicionista já houve tentativa de impugnação por parte da situação, com rejeição da comissão eleitoral.
O argumento foi que Roselli teria descumprido o estatuto do clube, com faltas consecutivas em reuniões de dirigentes.
Todavia, o assunto foi retomado na mesa diretiva da eleição, na abertura do processo, ocasião que estrategicamente a situação recrutou a maioria dos sócios para levar vantagem durante votação sobre o assunto.
Dito e feito.

DINHEIRO DE RICHARD RIOS
A oposição até discute a possibilidade de recurso, mas como não se mobilizou adequadamente para ter maioria dos votos, o adequado seria deixar o barco correr e ter participação atuante com cobrança.
Com parte do dinheiro recebido dos direitos econômicos do volante Richard Rios, os investimentos em contratações têm sido em jogadores conhecidos.
Vai dar certo?
Depreende-se que se o futebol não andar conforme o bugrino espera, inevitavelmente haverá forte cobrança.






































































































































