Série C: Guarani pede anulação de jogo contra Anápolis por erro da arbitragem

O clube campineiro argumenta que o adversário chegou a atuar com 12 jogadores em campo por alguns instantes

Segundo o Guarani, houve uma falha grave da equipe de arbitragem comandada por Marcello Ruda Neves (DF)

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O Bugre foi derrotado por 2 a 0 em Goiás - Foto: Raphael Silvestre / Guarani FC

Campinas, SP, 24 (AFI) – O Guarani protocolou nesta quarta-feira (23) um pedido de anulação da partida contra o Anápolis, válida pela 13ª rodada da Série C do Campeonato Brasileiro, sob a alegação de erro de direito.

O clube campineiro argumenta que o adversário chegou a atuar com 12 jogadores em campo por alguns instantes durante o segundo tempo do duelo, vencido pelos goianos por 2 a 0, na última segunda-feira (21), no Estádio Jonas Duarte, em Anápolis.

A ação foi formalizada junto ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) com base no artigo 259, parágrafo 1º, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que prevê a possibilidade de anulação de uma partida em caso de erro de direito relevante o suficiente para alterar o resultado do jogo. Segundo o Guarani, houve uma falha grave da equipe de arbitragem comandada por Marcello Ruda Neves (DF).

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Foto: Raphael Silvestre / Guarani FC

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ENTENDA O CASO

A polêmica gira em torno de uma substituição realizada aos 25 minutos do segundo tempo. O atacante João Celeri, que deveria ter deixado o campo, permaneceu em ação mesmo após a entrada de Igor Cássio.

Imagens apresentadas pelo departamento jurídico alviverde mostram o Anápolis com 11 jogadores de linha, além do goleiro, posicionados na área durante a cobrança de escanteio a favor do Guarani. O clube sustenta que Celeri, inclusive, participou ativamente da marcação na jogada.

O advogado João Chiminazzo, que representa o Bugre no processo, confirmou que o requerimento já foi entregue e que o clube agora aguarda o despacho da presidência do STJD para saber se o caso será levado a julgamento.

MAIS POLÊMICAS

Além do episódio com os 12 atletas em campo, o Guarani também reclama de outras decisões da arbitragem. Logo no início da partida, o volante André, do Anápolis, cometeu uma falta dura sobre Bruno Santos, mas não foi expulso.

O mesmo jogador, mais tarde, marcou o segundo gol da equipe goiana. Outro lance questionado foi o primeiro gol do Anápolis, marcado por Kadu após rebote de pênalti. O atacante invadiu a área antes da cobrança de Kaíque Maciel, o que, segundo o Bugre, invalidaria o lance.

A situação gerou forte indignação nos jogadores e comissão técnica bugrina. O técnico Marcelo Fernandes foi expulso por reclamação ainda no primeiro tempo, após o primeiro gol. Na súmula, o árbitro relatou que o treinador teria ofendido e empurrado o quarto árbitro.

CENÁRIO

Com a derrota, o Guarani perdeu a chance de entrar no G-8 da Série C. O time segue com 16 pontos, na 12ª colocação, dois atrás do Brusque, que fecha a zona de classificação. Já o Anápolis respirou na briga contra o rebaixamento. Com a vitória, deixou a lanterna e subiu para a 16ª posição, com 13 pontos, mesma pontuação do Confiança, mas atrás no número de vitórias (2 a 3).

O Bugre agora espera que o STJD acate a denúncia e leve o caso adiante. Se o tribunal considerar que houve erro de direito, o jogo poderá ser anulado e uma nova partida pode ser marcada, o que reacenderia a esperança bugrina na briga por uma vaga na próxima fase da Série C.

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