Guarani ficou enrolado no clichê que 'futebol é uma caixinha de surpresa'

Quem diria que o tal clichê se aplicasse com total fidelidade na derrota do Guarani para o Juventude por 1 a 0, na tarde deste domingo, em Campinas?

Depois de 1º tempo com um punhado de chances reais para até aplicar goleada, quem diria que fosse lembrado o dito 'quem não faz toma'.

Brasileirão Série B
Louzer e Bruno José precisam reagir. Foto: Thomaz Morastegan - GFC

BLOG DO ARI

Campinas, SP, 13 (AFI) – Há clichês imortalizados no futebol, um deles produzido há quase 70 anos pelo saudoso comentarista de rádio Benjamim Wright, do Rio de Janeiro – pai do ex-árbitro José Roberto Wright -, quando lascou essa: ‘futebol é uma caixinha de surpresa’.

Quem diria que o tal clichê se aplicasse com total fidelidade na derrota do Guarani para o Juventude por 1 a 0, na tarde deste domingo, em Campinas?

Depois de um primeiro com um punhado de chances reais para até aplicar goleada, quem diria que também fosse lembrado o dito ‘quem não faz toma’.

A inexpressividade do Juventude durante o primeiro tempo de certo levaria o seu mais fanático torcedor a jamais imaginar que a coisa se modificaria após o intervalo.
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LAMBANÇA

A bem da verdade, só se modificou porque o zagueiro bugrino Alan Santos cometeu inimaginável ‘lambança’ aos 25 minutos, ao recuar bola sentido ao seu gol, sem a devida percepção que o goleiro Pegorari saía da meta para dele se aproximar.

Disso se aproveitou o atacante Erick Farias, do Juventude, que acompanhava o desenrolar da trapalhada, e empurrou a bola para a rede.

DUCHA GELADÍSSIMA

Se o Guarani do segundo tempo havia mostrado a sua cara aos três minutos, quando Isaque ficou de frente para o gol, mas o chute telegrafado permitiu a defesa do goleiro Thiago Couto, a projeção era que o ritmo inicial fosse repetido e o gol sairia.

Entretanto, no transcorrer da partida, em quase nada fazia lembrar aquele time envolvente que rondava com frequência a área do Juventude.

Não bastasse esse decréscimo de rendimento, sofreu ducha geladíssima com o gol sofrido, e nada mais fez em campo a não ser alçar bola contra a área adversária – o tal do chuveirinho -, rechaçada pela defensiva do time gaúcho que, por sinal, ainda teve clara chance de ampliar – em descuido da zaga bugrina -. mas não aproveitada pelo atacante Daniel Cruz, que chutou a bola para fora.

MAMÃO COM AÇUCAR

A cara do jogo durante o primeiro tempo era ‘mamão com açúcar’ para o Guarani, diante de um dispersivo Juventude.

Problema é que daquele ‘montão’ de chances criadas, nenhuma foi convertida com sucesso.

Cabe sim enumerá-las, a começar pela cabeçada do atacante Bruno José logo aos quatro minutos, mas a bola foi justamente em cima do goleiro Thiago Couto, que praticou a defesa.

No minuto seguinte, em erro de saída de bola do Juventude, Isaque ajeitou antes do chute, que saiu à esquerda da meta adversária.

Bem que Isaque tentou se redimir ao receber cruzamento de Bruno José, aos 22 minutos, até acertou o cabeceio, mas o atento goleiro Thiago Couto defendeu.

Como apenas o Guarani atacava, em bola cruzada da esquerda, Bruno Mendes ganhou por cima, mas ela foi pra fora, com o goleiro adversário batido no lance, aos 27 minutos.

A vulnerável defesa gaúcha no jogo aéreo, até então, permitiu que Lucas Silva, do Guarani, tivesse chance quatro minutos depois, mas ele errou o cabeceio em direção ao chão, facilitando a defesa de Thiago Couto.

O Juventude conseguiu se organizar em apenas um contra-ataque, mas, na conclusão, o meiocampista Jadson ‘isolou’ a bola, aos 34 minutos.

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Guarani poderia ter goleado no 1º tempo e tomou gol bobo. Foto: Thomaz Morastegan – GFC

LUCAS SILVA

Questiona-se o que o Guarani teria a ganhar com a escalação de Lucas Silva, mal no jogo, que saiu no intervalo por lesão, para entrada de Lucas Araújo.

Pra piorar, o seu lateral-esquerdo Caíque Silva também se machucou, e já se sabia que o substituto Eliel nada acrescentaria.

MEMÓRIAS DO FUTEBOL

O áudio Memórias do Futebol da semana destaca um fato curioso da década de 60. Acreditem: um goleiro bem-sucedido, com passagens por clubes como Galo mineiro, Flamengo e Corinthians, de repente desistiu da carreira para cursar a Faculdade de Medicina. Foi o caso do saudoso Marcial. Ouça a história dele no link https://blogdoari.futebolinterior.com.br/

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