Guarani dificultou enquanto pode a vitória do Corinthians

A exemplo daquilo que ocorreu diante do Santos, o Guarani entrou em campo a mil por hora, e o reflexo disso foi chegar ao gol. O Timão virou.

Sem que praticasse um futebol brilhante, o time corintiano é reconhecidamente melhor, e fez prevalecer isso na partida em casa

Paulistão - Corinthians 2 x 1 Guarani
Guarani dificultou o Corinthians ao máximo. Foto: Jhony Inacio - Ag. Paulistão

Campinas, SP, 24 (AFI) – Vitória normalíssima do Corinthians sobre o Guarani por 2 a 1, na noite desta terça-feira, na Neo Química Arena, capital paulista.

E não venha com o argumento que ao sair à frente do placar, no primeiro minuto de jogo, o Guarani teria plenas condições de sustentar a vantagem, ou trazer um empate a Campinas.

Sem que praticasse um futebol brilhante, o time corintiano é reconhecidamente melhor, e fez prevalecer isso na partida.

Na prática, o Guarani jogou dentro de seus limites e cumpriu o propósito de dificultar para o adversário.

Logo, não cabem críticas generalizadas à sua equipe.

Nominalmente pode-se dizer que o atacante de beirada Bruno Michel não mostrou credenciais para ter vaga no time, que o centroavante Nicolas Careca se vale apenas da voluntariedade, e assinale descuido de marcação nos lances que originaram os dois gols corintianos, além de vacilos na bola aérea ofensiva do adversário, tanto que, por duas vezes, o zagueiro Gil teve claras chances para marcar, mas nas cabeçadas a bola foi para fora.

UM MINUTO

A exemplo daquilo que ocorreu diante do Santos, o Guarani entrou em campo a mil por hora, e o reflexo disso foi chegar ao gol através de seu atacante de beirada Bruninho que, livre de marcação, só empurrou a bola pra rede, com um minuto de bola rolando.

Isso foi fruto de uma arrancada em velocidade do lateral-direito Diogo Mateus, que cruzou e explorou a defensiva corintiana desarrumada.

Assustado com a surpresa negativa, demorou um pouco para o Corinthians se encaixar na partida, enquanto a impressão inicial era de um Guarani dando as cartas no jogo.

TOQUE DE BOLA

Todavia, quando a equipe corintiana ‘retomou o controle’, passou a ser envolvente no toque de bola, obrigando o Guarani a se recompor e apenas usar o expediente de velocidade nos contra-ataques.

Aí, aos 45 minutos do primeiro, prevaleceu a categoria de um meia como Renato Augusto, do Corinthians, com visão privilegiada de jogo, para vislumbrar o seu parceiro Roger Guedes isolado no segundo pau, e fazer passe preciso. Como a complementação da jogada foi perfeita, estava determinado o empate: 1 a 1.

FÁBIO SANTOS

No segundo tempo, já com o meia Giulliano no lugar do volante Du Queiroz, a constatação foi a facilidade do time corintiano trocar passes, e isso implicou em cruzamento da direita, para que o centroavante Yuri Alberto apenas desse uma casquinha de cabeça na bola, e assim encontrasse o lateral-esquerdo Fábio Santos que penetrava livre de marcação, aos seis minutos.

Aí ficou fácil para o cabeceio, o suficiente visando deslocar o goleiro bugrino Kozlinski e provocar a virada corintiana para 2 a 1.

Dois minutos depois, até que o Guarani, em lance esporádico, teve a chance de empatar, mas a cabeçada de Bruninho foi fraca, para defesa do goleiro Cássio.

A partir daí, foi o Corinthians quem passou a rodar a bola sem pressa, na expectativa de administrar a vantagem.

Acontece que o tempo foi passando e os seus jogadores mostraram cansaço, sem reversão do cenário com entradas dos reservas Romero e Cantillo, determinados a uma ‘oxigenação’ na equipe, fato que não ocorreu.

NEILTON

Melhor para o Guarani que acabou se despertando com as mudanças, principalmente as entrada de Neílton, com função de organizador.

Embora carecendo de melhor condicionamento físico e ritmo de jogo, ele dá indícios que será útil neste time bugrino.

Se antes se notabilizava pelos dribles e jogadas de velocidade, agora participa mais do conjunto e se integra em aceitável toque de bola.

Participação positiva, também, do jovem atacante Rafael – prata da casa -, que teve a chance do empate aos 36 minutos do segundo tempo, mas foi travado no chute por Giulliano.

NOTA

É com pesar que informo a morte do ex-diretor de futebol do Guarani, André Ciarelli, ocorrido nesta terça-feira.

Ele foi um bugrino de ‘quatro costados’, que sempre cobrava melhor desempenho da equipe.

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