Guarani chegou onde poderia chegar e foi projetado

Criou-se falsa impressão sobre a capacidade da equipe para acesso

Guarani chegou onde poderia chegar e foi projetado

É natural que num Campeonato Brasileiro da Série B de pobreza técnica fora do comum o torcedor bugrino tenha projetado acesso ao Brasileirão, a partir do momento em que a equipe flertou com o chamado G4.

Quem, em são consciência, poderia projetar que o nível técnico da competição fosse horroroso, considerando-se que Coritiba, Fortaleza, Avaí e Goiás tiveram condições de investimento maior de que o Guarani?

Portanto, quando o presidente do clube, Palmeron Mendes Filho, comunicou com clareza que o objetivo traçado era manutenção, não ouvi vozes discordantes antes da largada da competição.

Entendia-se que pela ‘ginástica financeira’ que dirigentes bugrinos teriam que fazer pra manter a casa em ordem, aquilo que ocorresse, além da manutenção, já seria lucro.

REPOSIÇÕES

De repente, com perdas de peças na virada de turno, o Guarani teve que se virar para reposições.

Diferentemente da desconfiança, a coisa foi se encaixando. O clube se prevalecendo em decorrência da fragilidade de adversários para conquistar pontos outrora imprevisíveis, e aí criou-se a falta impressão que daria pra chegar. Logo, as cobranças foram intensificadas.

Claro que não se pode ignorar decréscimo brutal de rendimento de jogadores como Rafael Longuine, Matheus Oliveira, Rondinelly, Willian Oliveira e até Kevin. O goleiro Agenor também andou falhando, além do zagueiro Philipe Maia e lateral-esquerdo Pará que não têm condições de jogar no Guarani.

Considere que o clube depositava incrível esperança após a chegada do atacante Anselmo Ramon, mas uma grave lesão o tirou da competição, com restrição à força ofensiva em Bruno Mendes.

PAYSANDU

Evidente que derrota como a de sábado para o Paysandu, da forma como ocorreu, é inaceitável.

Convenhamos, todavia, que o futebol do Guarani foi até onde poderia chegar.

Que sirva de reflexão para a próxima temporada, e se faça planejamento mais ousado, visto que o torcedor abraçou o futebol da equipe.

Pelo andar da carruagem, dos clubes cotados ao rebaixamento do Brasileirão à Série B, ninguém põe medo na próxima temporada.