Guarani caiu de pé e nos pênaltis
Vendeu caríssimo a eliminação nesta fase de quartas de final do Paulistão. E desmontou a arrogância da mídia paulistana que dava como favas contadas a vitória do Corinthians
Campinas, SP, 24 (AFI) – Só elogios para o comportamento do Guarani na noite desta quinta-feira contra o Corinthians, no Itaquerão. Vendeu caríssimo a eliminação nesta fase de quartas de final do Paulistão.
Desmontou a arrogância da mídia paulistana que contava como favas contadas a vitória do Corinthians no transcorrer da partida, mas o valente time bugrino soube sustentar o empate por 1 a 1, só perdendo a vaga de semifinalista durante definição através de cobranças de pênalti: 7 a 6, quando o volante Madison desperdiçou.
BLOG DO ARI – CLIQUE E ENVIE SUA OPINIÃO !
PRIMEIRO SE DEFENDEU
A disparidade técnica favorável ao time corintiano obrigou ao Guarani optar pelo esquema de jogo atrás da linha da bola, defendendo-se como podia.
Aquela avalanche ofensiva do Timão, principalmente usando o talentoso Willian pelo lado esquerdo, de fato preocupava o time bugrino, como a finalização de fora da área que exigiu bola espalmada pelo goleiro bugrino Koslinski.
A proposta de se defender não implicou em o Guarani abdicar totalmente do ataque, tanto que uma das escapadas o volante Madison chutou de esquerda, de fora da área, com a bola atingindo o travessão do goleiro Cássio.

GOL DE GIL
Aí, aos 43 minutos do primeiro tempo, o Guarani sofreu gol na jogada mais manjada ao longo do Paulistão: bola parada.
Na cobrança de escanteio, o zagueiro corintiano Gil subiu mais que um marcador bugrino – Madison ou João Victor – e colocou a bola fora do alcance do goleiro Kozlinski.
E a situação teria se agravado, três minutos depois, se no chute do meiocampista Paulinho o Guarani não fosse salvo pela trave.
ADIANTOU AS LINHAS
No segundo tempo, o dito ‘perdido por um, perdido por dez, foi incorporado pela boleirada do Guarani, que adiantou as linhas e a recompensa foi o gol de empate, também originado em cobrança de escanteio, quando o zagueiro João Victor testou a bola no canto baixo direito do goleiro Cássio, aos oito minutos.
Evidente que depois disso o Guarani retomou o esquema de precaução, certo que administrar aquele empate fazia parte da regra do jogo, pois assim levaria a definição do classificado para cobranças de pênaltis.
Uns dirão que o Corinthians não repetiu atuações anteriores, mas há duas verdades inquestionáveis: Willian, que sentiu lesão e teve que ser substituído, é o ponto de equilíbrio do time.
Ele dinamiza o conjunto, além de individualidade. E quando teve que deixar o gramado e ceder o lugar para Júnior Moraes, convenhamos que foi um alívio para o time bugrino, que, no linguajar da bola, ‘colocou o coração na ponta da chuteira’.

DANIEL PAULISTA
A aplicação mostrada pelo time bugrino não invalida a tese de erro por teimosia de seu treinador Daniel Paulista ao escalar o atacante Nícolas Careca, mesmo reconhecendo tratar-se de atleta esforçado e que ajuda na recomposição.
Se ainda busca-se por outro atacante de beirada, então por que não se dar chance para Lucas Vennuto?
Difícil igualmente de entender como o então elogiado volante Bruno Silva perdeu lugar no time.
Houve acerto quando sacou o lateral-direito Ludke ainda no primeiro tempo, pois além de envolvido na marcação estava amarelado. Madison ocupou a lateral-direita para a entrada do volante Rodrigo Andrade.
DINHEIRÃO
Seja como for, a passagem do Guarani às quartas de final foi extremamente rentável.
Tendência natural é que a Federação Paulista de Futebol confirme a oitava colocação dele, que seria equivalente ao prêmio de
R$ 280 mil.
Como o jogo contra o Corinthians foi de renda dividida, resta saber qual a totalização das despesas dos R$ 2.296.942 arrecadados.
Considerando-se que a renda líquida tenha girado em torno de R$ 1,6 milhão, o Guarani traria a Campinas metade disso.
Logo, não há de que reclamar. É R$ 800 mil, teto da folha mensal ano passado. Não se sabe quanto é hoje em dia.
E que venha a Série B com alguns retoques, porque ficou claro que a equipe precisa ser reforçada.






































































































































