Porto Alegre, RS, 11 (AFI) – O Grêmio comunicou nesta segunda-feira a saída do CEO Márcio Ramos, em meio a um cenário de desgaste interno e pressão da torcida. O profissional vinha sendo alvo de críticas desde a campanha com o patrocinador na tentativa de contratar Willian, ação que gerou forte repercussão negativa entre os gremistas.

A campanha, realizada no último dia da janela de transferências, pedia que os torcedores contribuíssem financeiramente para o anúncio de um novo reforço até a meia-noite. Como o jogador não foi anunciado no prazo, a torcida não perdoou e cobrou explicações do clube.

POLÊMICA NO GRÊMIO ENVOLVE PATROCINADOR

No dia seguinte, o Grêmio divulgou pedido de desculpas à torcida. O patrocinador, por sua vez, confirmou que ressarcirá todos que participaram da campanha. Internamente, havia também “outros desgastes”, mas a condução da crise foi considerada decisiva para a saída de Ramos.

Fontes do clube apontam que o Tricolor deveria ter protegido o parceiro comercial, em vez de expô-lo no episódio. A decisão pela saída foi alinhada antes mesmo do início do processo eleitoral, previsto para setembro, com eleição presidencial marcada para novembro.

ELEIÇÕES E FUTURO DO GRÊMIO

O cargo de CEO ficará vago até o fim do ano, já que a atual gestão se encerra em dezembro e não há previsão de novo nome até lá. Márcio Ramos assumiu em dezembro de 2022, após a eleição do presidente Alberto Guerra, e atuou nas áreas de gestão financeira, marketing e relacionamento com os torcedores.

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