Campinas, SP, 16 (AFI) – O Portal FUTEBOL INTERIOR não é o melhor site de futebol do Brasil por acaso. Entre vários motivos porque conta com “uma seleção imbatível” de jornalistas e colaboradores. E coube a estes “craques da bola” a dura missão de formar a Seleção Paulista da SÉRIE A2.

Efetivamente foram eleitos os melhores, mas citados outros jogadores que também fizeram bonito nesta emocionante temporada. Além dos “Selecionáveis”, foram lembrados outros nomes que também marcaram presença na temporada. Mas num time só cabem 11 jogadores…

Além do técnico, foram citados alguns destaques, como o Artilheiro, a Revelação e o Gerente de Futebol, afinal o que conta no futebol hoje em dia é a boa gestão.

Confira a SELEÇÃO FUTEBOL INTERIOR DO PAULISTA DA SÉRIE A2:

Saulo (SANTO ANDRÉ);

Arnaldo (MIRASSOL), Sandoval (FERROVIÁRIA), João Paulo (SÃO BENTO) e Paulo Henrique (CAPIVARIANO);

Hélio (CAPIVARIANO), Rodrigo San (MARÍLIA), HELTON lUIZ (SÃO BENTO) e Allan Dias (RED BULL BRASIL);

Silas (CAPIVARIANO) e Henan (RED BULL BRASIL).

Técnico – Evaristo Piza (CAPIVARIANO)

Artilheiro: NUNES (Santo André)
O bom e velho artilheiro fez a sua parte no Ramalhão: marcou 10 gols e terminou como maior goleador da competição. É mesmo um matador e deixou muita gente boa para trás, como Silas (Capivariano) e Henan (Red Bull) e Helton Luiz (São Bento).

Revelação: RODRIGO SAN (Marília)
Atleta jovem, nascido em 1995, portanto, com apenas 18 anos (24 de julho). Foi titular absoluto do Marília, com pegada muito forte, de peso para a posição e pronto para defender grandes clubes. Já tem um pré-contrato com o Corinthians. é incrível ver sua foto oficial, parecendo um menino de 13 ou 14 anos. Mas é ele mesmo. Uma fera!

Outros jovens também se destacaram, como o meia Georginho, do Capivariano, o atacante Caio Gardim, do Monte Azul e Erick, atacante do União Barbarense, entre outros.

Hours Concours: FABIANO ELLER
A partir de 1996 conquistou pelo Vasco da Gama dois campeonatos brasileiros, a Taça Libertadores, o campeonato carioca, o Torneio Rio-São Paulo e a Copa Mercosul. Em 2006 foi campeão mundial interclubes pelo Internacional-RS e campeão da Libertadores pelo próprio Colorado, em 2010, em seu segunda passagem pelo clube. Foi eleito o melhor zagueiro do Brasil nesta temporada, embora tenha começado a carreira como volante.

Teve uma convocação para a Seleção Brasileira e no exterior jogou três temporadas no Catar, três no Trabzonspor, da Turquia, e dois anos no Atlético de Madrid, da Espanha.

Um atleta com este currículo, independente financeiramente e com 36 anos (19 de novembro de 1977) aceitou o desafio de

liderar o Red Bul em sua campanha de acesso. A ideia foi do inteligente gerente Thiago Scuro, que o conhecia do acesso de 2013 pelo Audax Rio.

Menção honrosa: WELLINGTON AMORIM (Marília)
Aos 37 anos ajudou na volta do Marília ao Paulistão. Com um detalhe importante: é o segundo maior artilheiro da história do clube. Em 162 jogos, ele marcou 63 gols. Só perde para Itamar Bellasalma, que tem 69 gols passou por São Carlos, Ferroviária, Garça, São Paulo, Marília, Palmeiras, Londrina e Grêmio Maringá onde também brilhou e pendurou as chuteiras. Se tornou treinador e dirigiu muitos clubes, como o paranaenses Londrina e Roma de Apucarana, ou os catarinenses Criciúma, Juventus e Internacional de Lages.

Gerente: LUIS PAULO SANTARELLI (Capivariano)
Com apenas 26 anos, há quatro anos está à frente da administração do Capivariano, o Leão da Sorocabana, campeão da Série A2. Bem organizado, com uma escola boa e tendo como referência por seu aprendizado pelo pai, com 30 anos de experiência de seu pai, Homero Santarelli.

A gestão no futebol passou a ser fundamental. Dos quatro clubes que subiram, além de Capivariano, destaque para Thiago Scuro, um supercampeão que fez escola no Pão de Açúcar, depois Audax, e que agora conquistou o acesso pelo Red Bull.

São Bento e Marília não tiveram gestores, o que reforça os méritos para seus técnicos, respectivamente, Paulo Roberto Santos, do time sorocabano, e Luis dos Reis, do MAC, que aliás, enfrentou problemas sérios com a falta de dinheiro e pagamentos para funcionários e fornecedores.

Dos times que bateram na trave, também bons gestores, como do Santo André, com Carlito Arini, e do Mirassol, Ivo Secchi.

Seleção do Paulista FUTEBOL INTERIOR da SÉRIE A2:

Goleiro: SAULO (Santo André)
O número explica a sua escalação. É o goleiro menos vazado, com maior número jogos. Sofreu apenas 17 gols. A sua experiência foi importante para levar o Ramalhão até a última rodada em condições de brigar pelo acesso. Está cogitado no Guarani.

Outros goleiros também merecem citação, como Ronaldo, jovem goleiro do São Bento, que assumiu a posição no decorrer da competição e não saiu mais. O experiente e vitorioso, com vários acessos, wanderson, do Capivariano, que deve acertar com o Guarani. É preciso lembrar ainda de Alex, do Mirassol, e de Juninho, experiente, e que foi titular do Red Bull.

Lateral-direito: ARNALDO (Mirassol)
Jovem, de apenas 22 anos, foi uma das gratas surpresas no forte time do Mirassol, que só não subiu por conta do número de vitórias. Ex-atacante, é rápido, habilidoso e chega bem no fundo para os cruzamentos. É bom de passe. Já foi para a Portuguesa.

Oliveira, do Velo Clube, Ângelo, do Santo André, e Veloso, do São Bento, também foram bem em seus clubes.

Zagueiro: JOÃO PAULO (São Bento)
Outro jogador que conhece bem o caminho do acesso. Já subiu com o XV de Piracicaba e tem larga experiência no interior. Teve grandes atuações pelo time sorocabano. Sempre regular, firme e líder. É um zagueiro rápido e de bom cabeceio.

Mas sobraram zagueiros de boa qualidade e que também poderiam constar na Seleção FI. Como Daniel Gigante, que marcou seis gols pelo Mirassol; ou Fabiano Eller, que com sua experiência de campeão do mundo (pelo Internacional-RS) liderou o tão sonhado acesso do Red Bull. O seu companheiro Anderson Marques também foi bem. O veterano Thiago Gomes, do Marília, foi importante no acesso, como Petterson, do Capivariano.

Zagueiro: SANDOVAL (Ferroviária)
Seu forte é o jogo aéreo, mas também tem bons recursos técnicos. Juntamente com o experiente Alcides, formou uma das melhores duplas de defesa da competição, que sofreu apenas 18 gols. É pretendido por clubes das Séries B e C do Brasileiro.

Lateral-esquerdo: PAULO HENRIQUE (Capivariano)
Está no Capivariano desde a Segundona, portanto, participou de toso os acessos do Leão da Sorocabana. Para a Série A2 e agora para o Paulistão Chevrolet 2015. Além de bom marcador, possui características ofensivas e foi decisivo em vários jogos.

Outros destaques, como o experiente Renato Peixe, do Santo André, que atuou em várias posições; Bruno Ré, do São Bento, que é zagueiro de origem e se adaptou bem pela beirada do campo. E tem uma patada no pé. O jovem Romário, do Red Bull, também confirmou suas qualidades e mostrou ser um atleta de futuro.

Volante: HÉLIO (Capivariano)
Naturalmente zagueiro, surpreendeu ao ser escalado, de forma inteligente, como volante, sendo um protetor insuperável à sua defesa. É rápido, por isso, tem facilidade na cobertura das laterais e mesmo para suprir a ausência eventual de algum zagueiro. Deve ir para algum time da Série B, embora esteja nos planos do Guarani.

Volante: RODRIGO SAN (Marília)
Formado nas categorias de base do próprio Marília, deixou no pó experientes meias que mais jogaram com o nome do que com a bola nos pés. Com muita vitalidade, por ter apenas 18 anos, foi o pulmão do Marília na campanha vitoriosa. Detalhe: já está negociado com o Corinthians.

Outros jogadores também se destacaram como primeiro ou segundo volantes, como Alceu, do próprio Marília, Samuel Oliveira, do Velo Clube, o veterano Ramalho, do Santo André, e Diego Souza, do Guarani.

Meia: ALLAN DIAS (Red Bull)
Tem base, afinal saiu das categorias de base do São Paulo. Conquistou seu segundo acesso na Série A2, porque antes já tinha subido com o Guaratinguetá, em 2010. Mas viveu um ano especial com a camisa do Toro Loko, com grandes atuações, demonstrando maturidade e marcando gols importantes.

Meia: HELTON LUIZ (São Bento)
O “cérebro” do time sorocabano, que sempre foi escalado pelo experiente técnico Paulo Roberto com três meias, ou seja, de forma ofensiva. Mesmo sendo meia, marcou nove gols, sendo o artilheiro do time e vice da competição, ao lado de Silas e Henan, dois atacantes. É o “dono da bola parada”, com faltas e pênaltis.

Outros meias chamaram a atenção, como o experiente Fernando Fumagalli, em final de carreira no Guarani, mas que teve boas atuações. Renan Mota, formado pelo Santos, e destaque no Monte Azul. Esley, do São Caetano, usou bem sua experiência para ajudar o time a se livrar do rebaixamento. Xuxa, rodado, do Mirassol, Melinho, do Capivariano, e Alan Mineiro, da Ferroviária, que fez oito gols.

Atacante: SILAS (Capivariano)
O futebol brasileiro carece de números 9, ou seja, de verdadeiros atacantes centrovantes, homens de área, de referência. É o caso de Silas, que fez muito bem o papel de pivô no ataque campeão. Foi a melhor “última bola da competição”, ou seja, aquele que empurra a bola para as redes. Fez nove gols, vice-artilheiro geral.

Atacante: HENAN (Red Bull)
Parece ter nascido para vestir a camisa do Red Bull. Brilhou nas decisões. Destaque para os três gols marcados diante do São Bento, na vitória, por 3 a 1, em Sorocaba. Também foi vice-artilheiro da temporada, com nove gols.

Atacantes não faltaram. Leandro Costa, do Marília, que fez 8 gols; David Denner, do Mirassol, com sete gols, ao lado e Fabinho, do Catanduvense (7 gols) e Erick, do Barbarense, com 7 gols. Wilson Junior, atacante de velocidade da Ferroviária.

Técnico: EVARISTO PIZA (Capivariano)
Ganhou maturidade nos últimos anos e depois de várias andanças pelos times do Interior chegou ao maior título de sua vida: levou o time de Capivari à maior conquista de sua história em 96 anos. Já tinha subido com o Paulínia, da Segundona para a Série A3, e agora levou o Leão da Sorocabana para a elite paulista. Já foi apresentado no Guarani, de Campinas

Destaque também para Mauricio Barbieri, de apenas 31 anos, o mais jovem treinador da divisão. Um “técnico de laboratório” formado na base do Pão de Açúcar, que levou o Audax ao acesso no Rio de Janeiro, em 2013, e agora levou o Red Bull ao acesso ao Paulistão. Só perdeu um jogo. Mostrou arrojo, inovações táticas e comando. Vai ter ainda uma longa e vitoriosa carreira.

É impossível deixar de citar Paulo Roberto Santos, o “Luxemburgo do Interior” que completou seu décimo acesso na carreira – sete em São Paulo e três em Minas Gerais. Luis dos Reis teve o grande mérito de montar o time do Marília e de “segurar as pontas” em momentos delicados gerados pela frágil administração. E o já lendário Luis Carlos Martins, do Mirassol, que teve a mesma pontuação (36) do Marília, teve o ataque mais positivo (38 gols) e o melhor saldo de gols (17).