FPF lança Movimento #ElasnoEstádio para o Paulistão 2020

O evento, aompanhado pelo Futebol Interior, tenta aumentar a presença de mulher no futebol

O evento, aompanhado pelo Futebol Interior, tenta aumentar a presença de mulher no futebol

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São Paulo, SP, 21 (AFI) – Na manhã desta terça-feira, foi realizado na sede da Federação Paulista de Futebol, com a presença do Portal Futebol Interior, o lançamento do Movimento #ElasNoEstádio. A diretora da entidade, Aline Pellegrino exaltou a importância da mulher no esporte. A ‘seletiva’ de imprensa contou apenas com mulheres. Os homens acompanharam o evento em uma sala separada, através da televisão, justamente para causa o sentimento de ‘estranheza’.

2019 foi um ano com saldo positivo para o futebol feminino. Com maior cobertura da mídia na Copa do Mundo da modalidade na França, recorde de público na final do Paulista, entre Corinthians e São Paulo, título da Ferroviária no Campeonato Brasileiro e da final paulista na Libertadores. Aline Pellegrino, diretora de futebol feminino da FPF, analisa que, além dos troféus levantados na última temporada, ficou a sensação de que, com planejamento, consegue executar.

Aline falou do movimento #ElasnoEstádio

Aline falou do movimento #ElasnoEstádio

“Acho que o que dá para extrair de positivo é o sentimento de colocar no papel e executar porque dá, porque se a gente olhasse há quatro anos e pensasse em uma final de Campeonato Paulista em um estádio, em uma arena lotada parecia loucura. A gente colocou no papel, começou a trabalhar e começou a fazer. 2019 dá muita energia, dá muita coragem para falar assim ‘nada é tão impossível quanto se parece’, principalmente agora, com tantas portas abertas”, disse.

EM ALTA
Ao mesmo tempo, Aline sabe que com todas as conquistas, há maior preocupação em se manter o nível, além de saber que nem sempre o mesmo cenário vai se repetir.

“2019 é aquele ano que aumenta o ‘sarrafo’. A gente tem que ser muito estratégico de entender que, por exemplo, dá para repetir a final dez vezes esse ano? Muito provavelmente que não. A gente precisa ter cuidado para não achar que chegou em um patamar de solidez que a gente não chegou. A gente sabe que não é a realidade do dia a dia, é uma realidade pontual, que a gente tem que fazer acontecer mais vezes.”

UNIÃO
Sobre ter oito clubes na disputa do Campeonato Brasileiro A1, acredita que a união dos clubes seja de extrema importância. Ela ainda cita que o primeiro compromisso da modalidade no ano aconteceu nessa segunda-feria, 20, com diretores dos clubes que participam do torneio nacional, para que tenha integração nas ideias. Para ela, os clubes acreditarem no projeto da Federação é fundamental para que o trabalho seja bem executado.

Com a volta de atletas da Seleção para o Brasil, Aline acredita que o torcedor vai se entusiasmar com a possibilidade de ver as estrelas da modalidade de perto.

“Isso engrandece muito os campeonatos que essas jogadoras estão jogando. Elas estão na Seleção, na televisão e na Rua Javari. A gente vive o momento do público conhecer as jogadoras, as mulheres que estão no futebol feminino brasileiro”, disse.

Com o mercado do futebol feminino aquecido, Aline comentou sobre Ary Borges e Ottilia serem chamadas de ‘mercenárias’ por alguns torcedores, após trocar o São Paulo pelo Palmeiras. Para ela, é prova de que as atletas estão sendo notadas e farão falta para os torcedores.

“São os dois lados da moeda. Então é isso, acontece no futebol masculino o tempo todo e você vai lá e xinga o cara. Ou seja, as pessoas estão, enfim, entendendo que futebol feminino é só futebol, tudo igual. A gente quer receber elogio, mas vai receber crítica também, mas a gente quer existir.”