Rio de Janeiro, RJ, 23 (AFI) – O Flamengo decidiu demitir o chefe do departamento médico nesta quarta-feira, um dia após a divulgação de uma mensagem polêmica sobre a lesão do meia uruguaio De la Cruz. O conteúdo, compartilhado em um grupo com 71 integrantes, causou enorme desconforto entre jogadores, comissão técnica e dirigentes do clube carioca.

No texto, o então médico-chefe afirmou: “Jogador comprado em outra gestão, sem a menor condição, pois apresenta uma lesão crônica e irreparável no joelho direito, e uma lesão também no joelho esquerdo. Como somos bípedes, temos dificuldades de equilíbrio e equilíbrio muscular se algum membro já estiver afetado. Estamos tentando fazer o possível para que ele possa participar, mas é muito complicado. E, quanto a venda, só se houver algum clube que tenha interesse por outro motivo e não para jogar futebol competitivo.”

FLAMENGO E DEPARTAMENTO MÉDICO

A mensagem aumentou a pressão entre elenco e setor médico, com o estafe do uruguaio apontando falta de ética por parte do profissional. Empresários de De la Cruz estudam acionar a Justiça. O meia Arrascaeta, companheiro de seleção, manifestou apoio ao colega em suas redes sociais.

O médico estava à frente do DM desde dezembro de 2024, indicado pela diretoria eleita. Ele assumiu promovendo mudanças profundas, incluindo a demissão de quase 40 funcionários em janeiro deste ano. A relação com o antecessor, Márcio Tannure, era marcada por desavenças públicas.

CRISE INTERNA NO FLAMENGO

O episódio da exposição da condição física do meia uruguaio gerou reação imediata nos bastidores e culminou no desligamento do chefe do departamento médico. O clima nos corredores da Gávea ficou pesado, mostrando que assuntos internos, quando vazam, podem mudar o jogo fora das quatro linhas.