Executivo do Guarani, Toninho Cecílio abre o jogo em entrevista e garante: 'Vamos reagir'
Dirigente pediu desculpas à torcida, garantiu apoio ao técnico Júnior Rocha, prometeu cobrar uma produção maior do time
Campinas, SP, 6 (AFI) – Com o Guarani em crise por ocupar a lanterna da Série B do Campeonato Brasileiro, o executivo de futebol, Toninho Cecílio, acredita que a história pode mudar. Em entrevista à Rádio Central de Campinas, nesta quinta-feira à tarde, ele pediu desculpas à torcida, garantiu apoio ao técnico Júnior Rocha, prometeu cobrar uma produção maior do time e adiantou que tem negociações adiantadas para reforçar o elenco na janela de transferência, que abre no início de julho.
“Nós todos estamos insatisfeitos, inconformados com a produção do time e por isso mesmo, pedimos desculpas à torcida. Pode demorar um pouco a mais do que esperávamos, mas vamos conseguir reagir”, assegurou. E completou:
“Tenho orgulho de estar trabalhando no Guarani. Sei o tamanho deste clube e estamos tentando dar ao torcedor um pouco mais de alegria, através de vitória. Com certeza não estamos alcançando o resultado esperado.”
Dentro da situação preocupante na tabela, ele traça uma meta para as próximas rodadas da competição.
“Nós ainda temos mais seis partidas antes da janela (de transferência) e temos que pontuar. Vamos disputar 18 pontos e temos que pensar em somar, pelo menos, 12 pontos. A nossa meta é virar o primeiro turno em torno de quatro a cinco ou seis pontos longe do G-4 – zona de classificação. Temos espaço para conseguir, desde que começamos a ter resultados.”
ACOMPANHANDO TUDO
Segundo ele, toda a movimentação no clube tem sido acompanhada por ele.
“Eu sempre estou atento a tudo que acontece. Vejo todos os treinamentos. Respeito o treinador, mas respeito o torcedor, porque a torcida é nosso grande patrimônio. Eu estou vendo uma entrega, um respeito à camisa. Não é porque o resultado não vem, que há desrespeito”.
O executivo abriu um parêntese para elogiar a diretoria pelo investimento em estrutura, como equipamento de trabalho e gramado. Disse também que os salários estão em dia e que as cobranças existem por parte da direção.
Não falou, porém, nos erros de contratação, tanto de jogadores como de profissionais para o departamento de futebol, que deixaram o time nesta situação delicada.
Cecílio ressaltou que não pode ‘cometer um deslize ético’ para apontar eventuais erros do passado, embora tenha confirmado de que ‘não concordaria com alguns métodos usados’. Mas cada diretoria, cada executivo tem uma maneira de trabalhar.
MONTAGEM DO ELENCO
Para ele, inicialmente é analisar o calendário anual.
“Primeira coisa é entender qual campeonato você vai jogar. No caso do Guarani, um Campeonato Paulista muito rápido e uma Série B mais longa”.
Depois é preciso traçar um perfil do jogador adequado.
“Não posso trazer jogadores que não têm minutagem nos últimos seis meses”, apontou, pois são os casos passados ocorrido com Régis, ex-Coritiba, e Chay, ex-Ceará.
E apontou o critério técnico para a contratação de um jogador.
“Primeiro critério sempre é técnico, mas depois intensidade, força e velocidade. É preciso contratar para o que o futebol atual pede, com muita força física, com jogador correndo de 12 a 14 quilômetros por jogo. Este é o perfil. É o que penso. Posso até pensar em um ou dois jogadores mais técnicos e menos intensos, para buscar o equilíbrio no elenco”.
APOIO A JÚNIOR ROCHA
Sobre o técnico Júnior Rocha, no clube há um mês junto com ele, o dirigente lembrou as circunstâncias difíceis que ele enfrentou.
“O Júnior (Rocha) chegou e tivemos que enfrentar o Santos na Vila Belmiro (derrota por 4 a 1). Mas depois jogamos bem contra o Botafogo e vencemos (2 a 0), mas perdemos três titulares machucados: o Caio Dantas (atacante), o Luan Dias (meia de armação) e o Bruno Oliveira (segundo volante). Além do Vinícius Cauê que se machucou antes e seria uma opção na lateral-esquerda”, lembrou.





































































































































