Ex-presidente da Argentina, enfrenta Riquelme por poder no Boca Juniors

Para Riquelme, nas próximas eleições, está no jogo "se somos um clube de futebol ou deixamos que esta gente (Macri) use o clube para fazer política".

No cenário político argentino, Macri faz oposição ao governo peronista de Alberto Fernández. E apoia Javier Milei à presidência

Boca Juniors
Riquelme vai enfrentar ex-presidente da Argentina. Foto: Onefootball

São Paulo, SP, 13 – Ex-presidente da Argentina, Mauricio Macri (2015-2019) anunciou sua candidatura à vice-presidência do Boca Juniors na eleição de 2 de dezembro. Formará chapa com Andrés Ibarra na tentativa de desbancar o grupo liderado por Juan Román Riquelme, um dos maiores ídolos do clube.

“Nunca sonhei em voltar a comandar o Club Atlético Boca Juniors, que foi e é algo muito importante para minha vida”, afirmou Macri, que presidiu o clube de Buenos Aires por 12 anos. “Peço aos torcedores do Boca que voltem a me acompanhar.”

No cenário político argentino, Macri faz oposição ao governo peronista de Alberto Fernández. Apoia Javier Milei na disputa eleitoral contra o ministro da Economia, Sergio Massa.

Ao lançar a chapa com Ibarra, Macri questionou a condução do futebol por Riquelme, atual vice-presidente. “Não posso abandonar o Boca à arbitrariedade, ao autoritarismo, à prepotência… Por esse caminho não há futuro”, disse o ex-presidente. “Diz que o Boca é o pátio da sua casa e age como se fosse sua casa. O Boca é uma das maiores instituições esportivas do mundo, e todos devemos entender que estamos para servir o Boca.”

Riquelme assumiu como vice-presidente do clube em 2019, mas ainda não se posicionou no processo eleitoral. A imprensa local especula que ele será candidato a presidente.

PRA FAZER POLÍTICA

O ex-meia já afirmou, em entrevistas recentes, que nas próximas eleições está no jogo “se somos um clube de futebol ou deixamos que esta gente (Macri) use o clube para fazer política”.

Questionado sobre a declaração, Macri respondeu que “Boca é Boca, a política é a política. Vim para estabelecer um esquema de trabalho transparente, ordenado, respeitoso, sem autoridade”. Sob seu mandato, o Boca Juniors ganhou quatro Libertadores e dois Mundiais.

A chapa Ibarra e Macri já anunciou que em caso de vitória irá construir um novo estádio para substituir a mística Bombonera. “O Boca precisa ter um estádio de primeiro mundo, moderno, com todas as funcionalidades. Vamos levar três anos para a construção”, disse Ibarra.

Eles não revelaram o nome do técnico que pensam para assumir o time. O Boca Juniors está sob o comando do interino Mariano Herrón, que assumiu após a saída de Jorge Almirón, técnico na derrota na final da Libertadores contra o Fluminense em 4 de novembro, no Maracanã.