Ex-pontepretano Clebão, agora no Coritiba, ‘roubou’ a cena no empate com Flu

Zagueiro cometeu falha em dois gols, mas compensou com testada indefensável

Ex-pontepretano Clebão, agora no Coritiba, ‘roubou’ a cena no empate com Flu

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De certo boleiros pontepretanos e o treinador Eduardo Baptista puderam tirar importantes conclusões sobre o desempenho do Coritiba no empate por 2 a 2 com o Fluminense, na noite desta quinta-feira no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.

Do Coxa, dá pra discorrer sobre bola parada ofensiva, compactação da equipe, velocidade nos contra-ataques e, no geral, correria desenfreada, que de certo deve ter provocado desgaste na equipe visando à partida contra a Ponte Preta na noite do próximo domingo.

CLEBÃO

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Todavia, quem ‘roubou’ literalmente a cena nesse jogo foi o baiano e ex-zagueiro pontepretano Clebão, nada a ver com aquele boleiro dos tempos de Ponte Preta quando, na linguagem dos antigos, fazia um risco nas imediações da grande área e não passava nada.

Por cima, com a estatura de 1,83m de altura, era quase intransponível. Havia consenso sobre o acerto da Ponte Preta ao buscá-lo no Catanduvense em 2012, tanto que na temporada seguinte se transferiu ao Corinthians, e depois mais dois anos no Hamburgo da Alemanha.

O histórico no retorno ao Brasil tem sido marcado por oscilações.

CLÉBER REIS

No Coritiba, é identificado por Cléber Reis. Isso para se diferenciar do homônimo Kléber Gladiador, atacante que já estava no clube, e diante do Fluminense ficou na reserva, entrando no segundo tempo.

Nesse jogo, o Coritiba estava melhor campo. Havia estabelecido vantagem no placar no primeiro tempo, até que, após o intervalo, em espaço inferior a dois minutos, Cléber Reis foi culpado diretamente pela virada no placar pelo Fluminense.

Marcou gol contra ao desviar a bola com a ponta do pé e atribuiu o erro à fatalidade.

No segundo gol do adversário, ficou marcando a própria sombra e permitiu que o atacante Henrique Dourado subisse livre e testasse de forma indefensável ao goleiro Wilson.

DO INFERNO AO CÉU

Quis o destino que o então estabanado Cléber Reis marcasse o gol de empate para o Coritiba, ao explorar cabeceio após cobrança de escanteio do lateral Carleto.

“Fui do inferno ao céu. Com isso consegui me redimir com o gol da [vitória]”, comentou, não se dando conta que a sua equipe havia apenas empatado.

Na sequência, esquecendo da culpa assumida, teve a audácia de generalizar nas falhas. “Não podemos cometer esses erros”.

EX-PONTEPRETANOS

Dos ex-atletas pontepretanos em campo, apenas a rápida transição ao ataque e chute forte do lateral-esquerdo Carleto requerem realce.

Ainda no Coritiba, o atacante Rildo sequer lembrou os tempos de Majestoso, apesar da velocidade.

No Fluminense, nem de longe o zagueiro Renato Chaves repetiu a segurança na passagem pelo futebol campineiro.

Por fim, a Ponte sabe que vai enfrentar um Coritiba aguerrido, que se atreve a jogar ofensivamente.

Se foi assim fora de casa diante do Fluminense, é natural se projetar pressão ainda maior na condição de mandante.

Conta favorável à equipe paranaense o farto repertório de jogadas ensaiadas ofensivas de bola parada, com incursões de seus zagueiros.

Ficou claro, também, a proposta de jogo vertical, e com uso da velocidade do atacante Henrique Almeida.