Ex-Ponte Preta aciona o Corinthians na Justiça e cobra R$ 2,5 milhões

O valor, segundo a defesa do jogador, se refere a depósitos não realizados do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)

O processo tramita na Justiça do Trabalho e já tem audiência marcada para o dia 24 de setembro, sob condução do juiz Eduardo Rockenbach Pires.

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Jonathan Cafu, atacante do Botafogo

São Paulo, SP, 27 (AFI) – O atacante Jonathan Cafu, atualmente no Botafogo-SP, moveu uma ação trabalhista contra o Corinthians em que cobra cerca de R$ 2,5 milhões. O valor, segundo a defesa do jogador, se refere a depósitos não realizados do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), além de multas por descumprimentos contratuais. O processo tramita na Justiça do Trabalho e já tem audiência marcada para o dia 24 de setembro, sob condução do juiz Eduardo Rockenbach Pires.

Cafu foi atleta do Corinthians entre 2020 e 2023, período em que ficou vinculado ao clube por 37 meses. No entanto, dentro de campo, seu impacto foi mínimo: disputou apenas três partidas com a camisa alvinegra e passou a maior parte do tempo emprestado ao Cuiabá, onde teve sequência. Ainda assim, a defesa alega que o vínculo formal com o Timão impunha responsabilidades trabalhistas que não foram integralmente cumpridas.

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A nova cobrança se soma a uma série de ações semelhantes movidas por ex-jogadores contra o Corinthians nos últimos anos. Só em junho, o atacante Everaldo também acionou o clube judicialmente, alegando pendências financeiras da época em que defendia o time. A reincidência de casos como esse evidencia um passivo trabalhista que tem pressionado as finanças do clube.

O Corinthians tem buscado alternativas para lidar com a avalanche de cobranças. Uma das estratégias foi aderir ao Regime Centralizado de Execuções (RCE), instrumento jurídico que permite ao clube reunir credores da esfera civil e apresentar um plano de pagamento coletivo. No entanto, a ação de Jonathan Cafu tramita na Justiça do Trabalho, que não é abrangida pelo RCE, o que torna a resolução do caso mais imediata e potencialmente onerosa.

Nos bastidores, a diretoria corintiana ainda não se manifestou oficialmente sobre a ação, mas o clube vive momento delicado em sua gestão financeira. A crescente judicialização das dívidas trabalhistas tende a gerar pressão adicional sobre a cúpula administrativa, que tenta conciliar o reequilíbrio orçamentário com a manutenção da competitividade esportiva.

AUDIÊNCIA

A audiência de setembro deverá ser decisiva para o encaminhamento do processo. Caso não haja acordo, o caso pode seguir para julgamento e se somar a uma lista que tem crescido ano após ano, refletindo os resquícios de uma política de contratações que, por vezes, falhou em aliar reforços a um planejamento sustentável.

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