Ex-jogador de time do Brasileirão é um dos presos no "Caso Daniel"

David William Vollero Silva tinha contrato não-profissional com o Paraná Clube até a última terça-feira

David William Vollero Silva tinha contrato não-profissional com o Paraná Clube até a última terça-feira

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Campinas, SP, 14 (AFI) – Preso por ter participado da morte do meia Daniel em outubro, David William Vollero Silva tinha contrato não-profissional com o Paraná Clube até a última terça-feira. O jovem, que fez 18 anos em março, fazia parte do elenco Sub-17 do clube.

David William Vollero Silva participou do grupo que foi campeão paranaense da categoria em 2016, justamente quando chegou no Paraná. A diretoria tricolor, porém, alega que ele havia sido dispensado em março por questões técnicas.

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No depoimento prestado para o delegado da Polícia Civel, Amadeu Trevisan, David William Vollero Silva revelou que teve uma rápida conversa com Daniel na casa da família Brittes e o assunto foi sobre o mundo da bola.

Amigo de Allana Brittes desde 2012, David William Vollero revelou que tinha um relacionamento amoroso com a jovem. Além disso, ele admitiu ter participado do espancamento de Daniel ainda na casa da família e que estava no carro quando o jogador foi morto por Edison Brittes Júnior, mas garantiu não ter participado do assassinato.

Um dos suspeitos de ter participado do assassinato de Daniel fez parte do grupo campeão paranaense Sub-17 pelo Paraná (Foto: Paraná Clube)

Um dos suspeitos de ter participado do assassinato de Daniel fez parte do grupo campeão paranaense Sub-17 pelo Paraná (Foto: Paraná Clube)

O delegado Amadeu Trevisan já antecipou que David William Vollero Silva será acusado de homicídio qualificado, assim como Edison Brittes Júnior, Cristiana Brittes, Alanna Brittes, Eduardo Henrique da Silva e Ygor King.

ENTENDA O CASO

Daniel Freitas participou da festa de Allana Brittes, em uma boate em São José dos Pinhais, na sexta-feira, 26 de outubro. A festa prosseguiu na casa da família, onde Daniel relatou a amigos, pelo WhatsApp, que a mãe de Allana, Cristiana, estava dormindo e que ele se aproximaria dela.

A partir daí, as versões de suspeitos e testemunhas divergem. Edison Brittes, pai de Allana e marido de Cristina, disse ter flagrado o jogador tentando estuprar a mulher, o que gerou sua reação violenta, que culminou com a morte.

TESE COM DESCONFIANÇA

A tese de estupro é vista com desconfiança pelos investigadores. Antes de morrer, Daniel foi espancando, teve o pênis cortado e seu corpo foi abandonado em uma estrada. Edison, Allana e Cristiana foram presos dias após o empresário confessar que tinha matado o jovem como reação ao estupro.

Outras três pessoas estão presas: Eduardo, Ygor e David. Para a polícia, eles estavam no carro quando o corpo da vítima foi transportado e é investigada a participação deles na tortura e morte do jogador.