Esporte recebeu menos de 1% do orçamento federal em 2024
Dados do Portal da Transparência revelam que o esporte ficou com menos de 4 centavos a cada R$ 100 investidos pelo governo federal.
Brasília, DF, 06 (AFI) – O esporte brasileiro ainda caminha longe da prioridade no orçamento público federal. Em 2024, apenas 0,036% dos recursos empenhados pelo governo federal foram destinados à Função 27 (Desporto e Lazer), segundo dados oficiais do Portal da Transparência. Dos quase R$ 4,9 trilhões empenhados, R$ 1,75 bilhão foram reservados para o setor — sendo 74% por emendas parlamentares.
POUCO MAIS DE TRÊS CENTAVOS POR CADA R$ 100
Em termos proporcionais, isso significa que a cada R$ 100 investidos, pouco mais de R$ 0,03 foram para o esporte. O valor refere-se ao empenho, ou seja, à reserva de verba que o governo pretende executar, sendo esse um indicador confiável de planejamento orçamentário.
Ainda assim, o montante é considerado o maior desde 2015, marcando um tímido retorno do esporte à agenda pública após a realização de megaeventos como o Pan de 2007, a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos Rio 2016.
PRIORIDADE PARA O ESPORTE COMUNITÁRIO
Dentro da Função 27, os dados são subdivididos entre áreas como administração, lazer, esporte de rendimento e esporte comunitário. Em 2024, 82,7% dos recursos foram destinados ao esporte comunitário, contra 13,7% para o rendimento e 3,6% para a administração.
A priorização do esporte de base e social nos últimos anos contraria a percepção comum de que os investimentos se concentram nas modalidades de alto rendimento. “É fundamental utilizar dados para entender as reais prioridades da política esportiva nacional”, analisa Fernando Marinho Mezzadri, professor da UFPR e coordenador do Instituto Inteligência Esportiva.
OUTRAS FUNÇÕES: CULTURA INVESTIU MAIS QUE O ESPORTE
Para efeito de comparação, outras áreas com menor visibilidade, como a Cultura (Função 13), receberam quase R$ 2,7 bilhões — quase R$ 1 bilhão a mais que o esporte. Já a Educação somou R$ 163 bilhões em empenhos, enquanto a Saúde registrou R$ 220 bilhões. A Previdência Social, por sua vez, foi responsável por quase R$ 1 trilhão, ou cerca de 20% do total orçamentário.
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