ESPECIAL: Zoológico da Série B invade o Futebol Interior

Campinas, SP, 24 (AFI) – A disputa do Campeonato Brasileiro da Série B está cada vez mais acirrada e os times estão buscando seu espaço, seja na parte de cima ou na rabeira da tabela. Assim como no mundo selvagem, onde prevalece a lei do mais forte e do mais esperto, vai levar a melhor quem souber usar suas qualidades da melhor maneira possível.

Pensando nisso, o Futebol Interior comparou os times da competição a animais selvagens ou domésticos. Características do elenco, forma de jogo e o atual momento vivido no torneio foram os fatores analisados. E você, internauta: com qual anima seu time se parece? Manda sua sugestão para [email protected]

Confira os animais-times da Série B do Brasileiro:

Corinthians: Leão, o Rei da Selva. Não tem para ninguém na Série B. O Corinthians dominou desde a primeira rodada e será assim até o final da competição. Com pinta de realeza, impôs respeito e não deixou sua posição ser ameaçada em nenhum momento. É só o Timão chegar que o lugar já tem dono.

Avaí: Cachorro, o dono do pedaço. Protege como ninguém seu território. Na Ressacada, o Avaí é imbatível. Até o momento, é o único time que não perdeu na competição como mandante. Além disso, tem na cumplicidade do técnico Paulo Silas para com seus jogadores uma arma fundamental para o sucesso na Série B.

Santo André: Cavalo, atropelando adversários. O Santo André não toma conhecimento de quem vê pela frente, semelhante a um cavalo quando está no páreo e só parar de correr quando ultrapassa a linha de chegada. A torcida do Ramalhão torce para que o cavalo não seja paraguaio. Pelo que vem jogando, é cavalo do mais puro sangue.

Barueri: Gato, o observador. Poucos notam a presença de um gato. Ele sempre fica na sua, na espreita, observando o que acontece na redondeza. Preparado contra qualquer tipo de ataque, sabe os atalhos para chegar onde quer. O Barueri fez isso durante toda a Série B. Era só os adversários descuidarem um instante, e ele estava ali para abocanhar o G4.

Vila Nova: Elefante, o trágico fim. O elefante é um dos maiores animais do mundo selvagem. Seu tamanho passa uma imagem de confiança e imponência. O fim, no entanto, é sempre trágico. Esse é o Vila Nova. Com um grupo experiente, impôs respeito no início, mas tem derrapado nas últimas rodadas.

Bragantino: Rato, o medroso. O Bragantino, por muitas vezes, teve a chance de figurar entre os quatro melhores, mas não mostrou poder na hora H. Quando mais precisou, fugiu, assim como um rato.

Ponte Preta: Bicho-preguiça, o dorminhoco! A Ponte teve e ainda tem tudo para voltar à elite do futebol nacional, mas o time não demonstra vontade dentro de campo. Como um bicho-preguiça, fica esperando o adversário agir para dar o troco. Mesmo assim, é uma presa difícil, principalmente pelo seu tamanho. No caso da Ponte, pela sua camisa e tradição.

Juventude: Urso-Polar, forte dentro de casa, irreconhecível fora. O urso-polar é o dono das frias geleiras da Antártida, mas não lhe peça para reinar em outro lugar. Forte em Caxias do Sul, o Juventude não consegue ter o mesmo desempenho em outras regiões. É questão de costume!

Ceará: Formiga, a trabalhadora. Pouca gente nota o serviço de uma formiga, mas ele não pára um segundo sequer para ter sossego no final do dia. O Ceará seguiu à risca esse planejamento e na reta final da Série B está tranqüilo: não sobe, nem desce.

São Caetano: Mosca, um animal de vida curta, mas que atormenta todo o mundo. Em sua rápida história, o São Caetano já foi a pedra no sapato de muita gente. Seu ímpeto diminuiu, suas conquistas são cada vez menores, mas não deixou de ser um animal, ou melhor, um time “chato”.

Bahia: Vaca, a sossegada. Alguém conhece um animal mais tranqüilo que a vaca? Fica o dia inteiro ruminando o capim, na paz, mas sem deixar de cumprir com suas tarefas básicas. Assim está o Bahia na Série B. Belisca uns pontinhos aqui, outros ali e não precisa de mais nada para ser feliz.

Brasiliense: Coelho, o ligeirinho. Quando um coelho começa a correr ninguém segura. Com o Brasiliense é a mesma coisa. O time desandou a vencer partidas, deixou a zona do rebaixamento e já está em uma posição mais confortável.

ABC: Abelha, super-dependente da rainha. O ABC viveu um período de sonho com Ferdinando Teixeira no comando técnico. A saída do treinador, no entanto, deixou o time desorientado, idem a uma colméia quando perde sua rainha.

América-RN: Cameleão, o mutante. Rebaixado da elite nacional em 2007, o América-RN não consegue ficar por mais de um ano em uma divisão. Enquanto o camaleão muda de cor constantemente, o América-RN muda de divisão. A história dessa vez, no entanto, pode ser diferente. A Série B pode durar mais que uma temporada. Ufa!

Paraná: Cobra, a venenosa. A cobra só ataca quando se sente em perigo. O Paraná, por sua vez, só reagiu quando se sentiu ameaçado pelo rebaixamento. Será que o veneno vai durar até o final da competição?

Criciúma: Avestruz, o desligado. O avestruz passa muito tempo da sua vida com a cabeça dentro da terra. Quando acorda para vida, pode ter perdido muita coisa. No caso do Criciúma, a falta de planejamento pode levar o time à Série C do Brasileiro.

Marília: Piranha, a força está no conjunto. Sozinha, a piranha não mete medo em muita gente, mas quando ataca em grupo, é uma ameaça constante. E é na união que o Marília aposta para deixar a zona do rebaixamento da Série B. Empresários de cidade, prefeitura, clube e torcida estão todos juntos nesse objetivo!

Gama: Tartaruga, a devagar. Em uma corrida, não é nenhum pouco difícil ultrapassar uma tartaruga. É assim que os concorrentes têm feito com o Gama na Série B. De tão devagar, o alviverde está quase parando… na Série C.

CRB: Mico-leão dourado, o animal em extinção. Os ambientalistas pedem para salvar o mico-leão dourado da extinção. Os amantes do futebol pedem para que salvem o CRB da extinção. Com o rebaixamento decretado, o clube passa pela pior crise da sua história e já até cogitou fechar as portas.