Campinas, SP, 25 (AFI) – O Campeonato Paulista da Segunda Divisão de 2015 ficou marcado pelo equilíbrio dos times e a ascensão de São Carlos e Noroeste, dupla tradicional do interior do Estado. Aliás, o São Carlos foi o grande campeão. Com méritos. Mandou e desmandou durante todo o Estadual. Olímpia e Fernandópolis também ficaram com a vaga na Série A3 de 2016.

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Em 2015 a Federação Paulista de Futebol (FPF) mudou a fórmula de disputa da Segundona. Limitou o número de times, e com isso alguns clubes de tradição, sem condição financeira ficaram de fora. Caso de União São João e XV de Jaú. A FPF dividiu 30 times em três grupos de dez. Eles jogaram em turno e returno, sendo que os quatro primeiros de cada avançariam ao Quadrangular Final. Na fase seguinte os dois primeiros de cada chave subiriam à Série A3.

PRIMEIRA FASE
A primeira fase da Segundona começou de um jeito e terminou de outro. Os favoritos largaram mal e deram espaço para as ‘zebras’ sonharem. Isso vale para América de São José do Rio Preto, Elosport, da Capão Bonito, Olé Brasil, de Ribeirão Preto, Guarulhos, de Guarulhos, e VOCEM, de Assis. Todos estes que não tiveram fôlego até o final e amargaram a queda ainda na fase inicial.

Inter de Bebedouro e Noroeste tiveram que ‘acordar’ durante o campeonato. O time de Bebedouro evoluiu com o técnico Pinho, enquanto o Norusca precisou trocar João Martins por Vitor Hugo para chegar à fase final. Do contrário ficaria pelo caminho e amargaria mais um ano na temida última Divisão do Estado. A torcida alvirrubra fez sua parte. Apoiou o time nos momentos mais difíceis.

Lemense, Assisense e o estruturado Grêmio Prudente também mostraram força na reta final e se classificaram. Os dois primeiros com um elenco muito reduzido e convivendo com atrasos salariais e até mesmo falta de comida. Vaga conquistada na base da raça. Na força de vontade dos jovens que sonhavam e deixar seus nomes marcados na história dos clubes. Mas sem sucesso.

A primeira fase também ficou marcada pela perda de pontos de alguns times no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-SP). O Osvaldo Cruz perdeu 21 pontos por escalação irregular. Fez nove pontos negativos no campeonato. O Amparo foi outro que recebeu punição pelo mesmo problema, e até por isso ficou apenas na sétima posição do seu grupo – mesmo com o experiente Marcinho em seu time. Mesma situação do Jabaquara, que perdeu três pontos, mas ainda assim ficou na vice-liderança da sua chave. Atrás apenas do EC São Bernardo.

SEGUNDA FASE
A segunda fase definiria os acessos à Série A3, e por isso todos os times entraram em campo sempre pensando na vitória. O Grupo 4 foi o mais equilibrado, já que tinha Fernandópolis, Noroeste, Inter de Bebedouro, EC São Bernardo, Manthiqueira e Lemense. A outra chave formada por São Carlos, Olímpia, Grêmio Prudente, Jabaquara, Taboão da Serra e Assisense.

Lemense, Assisense e Taboão da Serra foram as grandes decepções. Os dois primeiros acabaram virando ‘saco de pancadas’, enquanto o CATS tentou até onde pôde. Sofreu com a perda de mandos de campo numa confusão dos seus dirigentes com o trio de arbitragem. Precisou jogar no campo da Portuguesa Santista, o Ulrico Mursa, em Santos. Uma pena, já que o clube investiu na chegada de jogadores experientes, entre eles o folclórico Viola.

Por outro lado, Fernandópolis, Noroeste, Inter de Bebedouro, São Carlos, Olímpia e Manthiqueira ficaram firmes e fortes na briga pelo acesso. Foram os confrontos diretos que acabaram definindo quem subiria, e consequentemente alguém teria que amargar a permanência. Melhor para Fernandópolis (líder) e Norusca (vice-líder) do Grupo 4; e São Carlos (líder) e Olímpia (vice-líder) do Grupo 5. Todos que ficaram com a vaga.

FINAL
Líderes na fase final, São Carlos e Fernandópolis fizeram a grande final do campeonato. E por ter maior número de pontos na somatória de todas as fases a Águia teria a vantagem de decidir em casa. Logo na partida ida o São Carlos venceu por 2 a 1, em pleno Cláudio Rodante, em Fernandópolis. Na volta o time voltou a vencer, desta vez por 1 a 0 e coroou a excelente campanha sob o comando do técnico Rafael Guanaes.

FUTEBOL SUSTENTÁVEL É UM SUCESSO
A edição de 2015 também ficou marcada pelo bom público nos estádios. Tudo em razão da parceria da Federação Paulista de Futebol (FPF) com o empresário Edvaldo Ferraz, idealizador do projeto ‘Futebol Sustentável’. Os torcedores trocavam garrafas pet por ingressos das partidas. Teve clube com média de 4 mil pessoas nos estádios. Um sucesso.