ESPECIAL PONTE PRETA: Bagunça extracampo quase rebaixa a Macaca na Série B do Brasileiro

A Macaca escapou da Série C na última rodada, quando o CRB por 3 a 0, no Moisés Lucarelli

A campanha no Paulistão da Série A2 fez com que a torcida acreditasse em um possível acesso,

Ponte Preta
Pablo Dyego comemorando gol (Foto: Marcos Ribolli/PontePress)

Campinas, SP , 18 (AFI) – O desabafo do goleiro Caíque França após a Ponte Preta sacramentar a permanência na Série B do Campeonato Brasileiro apenas na última rodada resumiu bem como foi 2023 no Moisés Lucarelli: “um Campeonato Brasileiro da Série B muito difícil para a gente, de muita guerra, principalmente fora de campo”.

E foi isso mesmo. O torcedor pontepretano quase não teve motivos para sorrir na temporada que chegou ao fim no dia 25 de novembro, quando a Macaca encerrou sua participação na Série B com uma vitória sobre o CRB, por 3 a 0, no Majestoso.

A campanha no Paulistão da Série A2 fez com que a torcida acreditasse em um possível acesso, ficando com o título do competição. Na Copa do Brasil, eliminação precoce ainda na segunda fase para o Brasil de Pelotas, fora de casa. Mas o pior ainda estava por vir.

O elenco montado para a Série B foi limitado. Não bastasse isso, a diretoria não honrou seus compromissos e os jogadores – além de comissão técnica e funcionários – conviveram durante todo o campeonato com atrasos salariais.

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(Foto: Diego Almeida/Ponte Press)

FICOU DE BOM TAMANHO

Diante de tantos problemas, tudo indicava que a Ponte Preta amargaria o primeiro rebaixamento da sua história para a Série C do Brasileiro. A sorte é que João Brigatti e seus comandados – principalmente Elvis, Caique França e Pablo Dyego – mostraram hombridade para evitarem que uma nação fosse punida pela briga de egos de uma minoria que só se interessa pelo poder.

A Macaca ainda teve Hélio dos Anjos (Campeão Paulista da Série A2), Felipe Moreira e Pintado como técnicos no ano de 2023. Em toda entrevista coletiva, o técnico João Brigatti prometeu para os repórteres presentes, que a Ponte Preta não cairia para a terceira divisão, o que se concretizou na última rodada.

Das 38 rodadas do Campeonato Brasileiro da Série B, a Ponte Preta ficou 7 delas na zona de rebaixamento, sendo uma segurando a lanterna. Por isso que o 15º lugar foi comemorado como um título pelos alvinegros. O sentimento, porém, não era de felicidade, e sim de alívio.

Que 2024 não seja um ano para ser esquecido, mas que tenha deixado lições, principalmente, do que não fazer. Afinal, como disse Caíque França: a Ponte Preta “tem tradição e camisa para lutar pelo acesso”.