ESPECIAL DANÇA DAS CADEIRAS: 29 mudanças de treinadores e uns 'salvadores'

Apenas Internacional e Grêmio não mudaram de técnico durante o Campeonato Brasileiro

Apenas Internacional e Grêmio não mudaram de técnico durante o Campeonato Brasileiro

0002050361643 img

Campinas, SP, 01 (AFI) – A vida de treinador de futebol no Brasil não continua fácil, mesmo na elite do futebol brasileiro. O Campeonato Brasileiro se encerrou no início de dezembro com número não muito animadores para os treinadores. Em 38 rodadas, o Brasileirão de 2018 pontuou 29 mudanças de comando.

O número superou o Brasileirão do ano anterior, quando os clubes mudaram em 23 oportunidades. No entanto, houve uma igualdade se comparar com a temporada de 2016 – com 29 trocas – e uma melhora em relação à 2015, este marcado pelo recorde negativo de 32 trocas.

O último a ser “vítima” da dança das cadeiras no Brasileirão deste ano foi Marcelo Oliveira. O treinador deixou o Fluminense após a eliminação na semifinal da Sul-Americana frente ao Athletico-PR. Fábio Moreno assumiu o time na rodada final do Brasileirão.

Renato Gaúcho é um dos poucos sobreviventes no Brasileirão
Renato Gaúcho é um dos poucos sobreviventes no Brasileirão

OS SOBREVIVENTES
Apenas três técnicos ficaram do início ao fim do Brasileiro no mesmo clube. Revelação do torneio, Odair Hellmann foi o grande nome da campanha surpreendente do Internacional, terminando na terceira colocação.

Os outros dois já eram esperados. Mano Menezes não fez um grande brasileiro com o Cruzeiro, mas conquistou a Copa do Brasil. Já Renato Gaúcho caiu na semifinal da Libertadores com o Grêmio, que ficou em quarto no nacional. O treinador, inclusive, renovou com o Tricolor para 2019, mesmo sendo cobiçado pelo Flamengo.

TROCAS DE SUCESSO
O Palmeiras acertou em cheio na mudança de seu treinador. Roger Machado deu lugar para Luiz Felipe Scolari, que colocou o time no eixo e acabou com o título do Brasileirão, algo que já vinha sendo descartado pelo ex-treinador. Com Felipão, o Verdão chegou ainda na semifinal da Copa do Brasil e da Libertadores.

Felipão levou o Palmeiras ao título do Brasileirão

Felipão levou o Palmeiras ao título do Brasileirão

Tiago Nunes também se destacou. Ele assumiu um trabalho desastroso de Fernando Diniz e conquistou tirar o Athletico-PR do rebaixamento e o levou ao título da Copa Sul-Americana. Assim como Hellmann foi tratado como grande revelação em 2018.

CAMPEÃO DE TROCAS
Curiosamente, os times que mais mudaram o comando técnico foram: América Mineiro e Sport, dois dos quatro que caíram para a Série B. Quatro treinadores passaram em cada um dos clubes durante o Brasileirão.

Os outros dois que acabaram rebaixados: Paraná e Vitória tiveram três técnicos, assim como muitos outras equipes do Campeonato Brasileiro.

FPF VETA DANÇA DAS CADEIRAS
Uma das principais mudanças promovidas pela Federação Paulista de Futebol (FPF) para as Séries A1, A2 e A3 do Campeonato Paulista vem justamente para coibir a troca de técnicos. Desde 2016 ficou definido que um treinador não poderá treinar duas equipes durante a competição, o que inibe, assim, a “dança das cadeiras”, ao menos no futebol paulista.

Marcelo Oliveira foi o último treinador a ser demitido no Brasileirão

Marcelo Oliveira foi o último treinador a ser demitido no Brasileirão

Por exemplo, não será permitido que um técnico seja demitido de um time do torneio e assuma outra equipe dentro da competição. Para que uma mudança de comando seja autorizada, será necessário um acordo com o técnico demitido e a posterior homologação na Federação Paulista.

Além disso, o clube que demitir treinador só poderá contratar outro se comprovar ter pago a rescisão com o profissional dispensado. Se o treinador tomar a iniciativa de sair, será ele que terá de pagar a multa rescisória, quando houver.

Confira as trocas de técnicos do Brasileirão:

Palmeiras – Roger Machado e Luiz Felipe Scolari

Internacional – Odair Hellmann

Flamengo – Maurício Barbieri e Dorival Júnior

São Paulo – Diego Aguirre e André Jardine

Grêmio – Renato Gaúcho

Atlético-MG – Thiago Larghi e Levir Culpi

Santos – Jair Ventura e Cuca

Atlético-PR – Fernando Diniz e Tiago Nunes

Fluminense – Abel Braga, Marcelo Oliveira e Fábio Moreno

Cruzeiro – Mano Menezes

Corinthians – Carille, Osmar Loss e Jair Ventura

Botafogo – Alberto Valentim, Marcos Paquetá e Zé Ricardo

Bahia – Guto Ferreira e Enderson Moreira

Vasco da Gama – Zé Ricardo, Jorginho e Alberto Valentim

América-MG – Enderson Moreira, Ricardo Drubscky, Adilson Batista e Givanildo Oliveira

Vitória – Vagner Mancini, Carpegiani e João Burse

Ceará – Jorginho, Marcelo Chamusca e Lisca

Chapecoense – Gilson Kleina, Guto Ferreira e Claudinei Oliveira

Sport – Nelsinho Baptista, Claudinei Oliveira, Eduardo Baptista e Milton Mendes

Paraná – Rogério Micale, Claudinei Oliveira e Dado Cavalcanti