Campinas, SP, 24 (AFI) – A Copa do Nordeste 2022 teve competição do rugido mais alto, com o Fortaleza chegando ao bicampeonato ao vencer o Sport na grande decisão. A partida decisiva foi marcada por apagão no fim do segundo tempo e lances que geraram discussão por possíveis interpretações errôneas do VAR durante os 90 minutos de bola rolando na Arena Castelão.

O Leão da Ilha foi quem mais reclamou da arbitragem, por conta de dois pênaltis não marcados, um gol anulado e o tento do título tricolor ter tido falta na origem do lance. Em todos, a CBF fez nova revisão e disse não haver erros, garantindo a conquista da Copa do Nordeste ao Leão do Pici.

Os rubro-negros se exaltaram ainda pela falta de energia e do campo alagado nos minutos finais do confronto. A CBF também alegou que os pernambucanos não tinham razão na reclamação e pontuou, ainda, que a energia voltou em condições de ter sequência do jogo, assim como o gramado estava apto para a reta final.

DENTRO DE CAMPO…

Diferente de 2020 e 2021, os dois finalistas da Copa do Nordeste estavam no mesmo grupo. Campeão invicto, o Fortaleza terminou o Grupo A como líder invicto, somando 16 pontos; foram quatro vitórias e quatro empates. O Sport, por outro lado, terminou na 3ª posição ao acumular 14 pontos ganhos, justamente por ter sido derrotado por duas oportunidades.

As quartas de final tiveram dominância de Pernambuco, Ceará e Alagoas, que colocaram dois representantes cada para ocupar seis das oito vagas. Enquanto o Tricolor do Pici passou fácil sobre o Atlético-BA, o Leão da Ilha teve dificuldades diante do CSA levando a melhor nos pênaltis com Maílson brilhando ao defender três pênaltis.

Nas semifinais, ambos tiveram classificações até tranquilas, com os cearenses avançando à final da Copa do Nordeste vencendo o Náutico por 2 a 0, já os pernambucanos despacharam o CRB por 3 a 1. E a tranquilidade acabou quando entraram em campo na grande decisão, tendo marcas expressivas de público tanto na ida, como na volta.

No jogo de ida da finalíssima da Copa do Nordeste, o equilíbrio ficou bastante evidente, mas o Tricolor do Pici foi quem saiu em vantagem já na reta final após um primeiro tempo parelho. Quando tudo parecia caminhar para a vitória, Bill entrou para fazer sua estreia e evitar a derrota da equipe da Praça da Bandeira em plena Arena de Pernambuco.

A volta, cercada de polêmicas desde o início ao apito final, teve roteiro até semelhante à partida disputada em solo pernambucano. No fim da etapa inicial, num pênalti que gerou bastante confusão, Yago Pikachu nada tinha a ver e estufou a rede. O segundo tempo seguiu equilibrado e os rubro-negros até sendo perigosos, porém insuficiente para reverter e ficar com a taça.

IGUAL AO RIVAL

Assim como o Bahia divide quatro títulos ao lado do rival Vitória, o Fortaleza conquistou pela segunda vez e se igualou ao Ceará. Após bater na trave para chegar à decisão por outras três vezes, o Tricolor do Pici repetiu a dose do Vozão e garantiu o campeonato invicto, vencendo sete jogos e empatando outros cinco dos 12 disputados.

ARTILHARIA

Apesar da conquista, o Leão cearense não conseguiu ter o artilheiro da competição regional. O posto ficou com o colombiano Rodallega, do Bahia, autor de sete gols e isolado dos demais rivais. Pela equipe tricolor, a marca foi de Pikachu, que balançou as redes durante quatro oportunidades; Anselmo Ramon (CRB), Poveda (Sampaio Corrêa), Gustavo Coutinho (Botafogo-PB) e Robinho (Floresta) também fizeram quatro tentos.

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