ESPECIAL A3: Até que ponto a troca de treinadores influencia no sucesso?

Dos oito times do Quadrangular Final, cinco mantiveram o mesmo comandante desde o início

Até que ponto a troca de treinador influencia no rendimento do time dentro de campo? Será mesmo justo que apenas uma pessoa seja responsável pelo mal desempenho de onze jogadores?

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Campinas, SP, 28 (AFI) – Até que ponto a troca de treinador influencia no rendimento do time dentro de campo? Será mesmo justo que apenas uma pessoa seja responsável pelo mal desempenho de onze jogadores? A troca no comando técnico no futebol brasileiro é mais do que uma prática e sim quase uma lei, afinal é muito mais fácil mudar um treinador do que todo um elenco, ao menos na Série A3, nem sempre as mudanças representam sucesso.

Dentre os oito times que compõem o Quadrangular Final, cinco mantiveram o mesmo comandante desde o início, são eles: Água Santa, Independente, Novorizontino, São José “B” e Rio Preto. Por outro lado, Matonense, Sertãozinho e Inter de Limeira apostaram na alteração e obtiveram resultados positivos.

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Já pela parte de baixo, os quatro rebaixados tentaram salvar suas campanhas mudando de técnico, mas os resultados não vieram. Último colocado, o Guaçauno mudou quatro vezes, assim com o penúltimo colocado Noroeste, já São Carlos e América, 17º e 18º colocados, respectivamente, mudaram duas vezes.

Não trocaram de treinador:

Água Santa: Márcio Ribeiro comanda o Netuno desde a Segunda Divisão do Campeonato Paulista. A manutenção do treinador deu resultado e com sete pontos, o time de Diadema divide a ponta do Grupo 3 com o Novorizontino, estando a uma vitória do acesso à Série A2.

Independente: Álvaro Gaia sempre foi uma das grandes apostas do Independente para conquistar o acesso. Após se classificar para a fase semifinal, o comandante agora tenta garantir uma das duas vagas do Grupo 2. Atualmente é o vice-líder com quatro pontos.

Novorizontino: Guilherme Alves está com o time de Novo Horizonte desde o começo do estadual. A fórmula tem dado resultado e o acesso à Série A2 está muito próximo. Com sete pontos, a equipe lidera o Grupo 3, com a mesma pontuação do Água Santa, mas levando vantagem no saldo de gols (5 a 3).

São José: Apontado como um dos grandes favoritos para conquistar o acesso, Rafael Guanaes comandou o São José “B” brilhantemente durante a primeira fase, onde terminou na 3ª posição. No Quadrangular final, porém, o time tem sofrido, ocupando a lanterna do Grupo 3, sem nenhum ponto.

Rio Preto: Líder isolado da 1ª fase, o Jacaré apostou em Ito Roque que fez um brilhante trabalho. No Quadrangular Final, no entanto, o Rio Preto não tem conseguido repetir o sucesso e está apenas na lanterna do Grupo 2, com dois pontos.

Trocaram de treinador:

Matonense: Com o acesso encaminhado para a Série A2, a Matonense seguiu o caminho inverso e apostou nas mudanças para atingir seu melhor desempenho. Começou o Campeonato com Ferreirão, passou por Edson Vieira, Betão Alcântara até chegar em Carlos Rossi que é quem tem levado o clube ao sucesso. Com sete pontos, a SEMA lidera o Grupo 2 de maneira isolada.

Sertãozinho: Classificado na 1ª fase na 7ª posição com 30 pontos, o Touro dos Canaviais começou a Série A3 com Moisés Egert, mas foi com Serrão que o time passou a ter chances reais de se classificar. Já no Quadrangular Final, o time ocupa a 3ª posição do Grupo 3, com três pontos e precisa vencer o Água Santa para seguir com chances de acesso.

Inter de Limeira: Em situação complicada no Quadrangular Final, onde ocupa a 3ª posição do Grupo 2 com três pontos, a Inter de Limeira foi bem na 1ª fase, terminando na 4ª posição com 33 pontos. O sucesso, porém, passou pela troca de comando, com a saída de Paulo Catanoce e a chegada de Claudemir Peixoto.

Rebaixados

Os quatro rebaixados também apostaram nas mudanças, mas não conseguiram salvar suas temporadas.

São Carlos: Rebaixado na 17ª posição com 18 pontos, o Sanca iniciou a temporada com Roberto de Oliveira e terminou com Rodrigo Santana

América: Durante algumas rodadas o Mecão até manteve um bom nível, mas logo ficou evidente a falta de qualidade em seu elenco. O jeito foi apostar na mudança de treinador, saiu Deto Pereira e entrou Play Freitas. O resultado foi o esperado: rebaixamento na 18ª posição com 16 pontos

Noroeste: Rebaixado na 19ª posição com 13 pontos, o Norusca sofreu na Série A3. Apostou em quatro treinadores: Luciano Sato, Nei Silva, Jorge Saran e Vitor Hugo. Acabou rebaixado do mesmo jeito.

Guaçuano: Lanterna da competição, o Mandi foi rebaixado com apenas onze pontos e apenas duas vitórias. Antes mesmo do início, Jorge Parraga deixou o time, chegou Nei Junior, passou por Tuca Guimarães até chegar em Jura que não conseguiu salvar o time.