Erros de Carpini e de boleiros: Guarani 0 x 2 Chapecoente

Erros de Carpini e de boleiros: Guarani 0 x 2 Chapecoente

Erros de Carpini e de boleiros: Guarani 0 x 2 Chapecoente

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Já atualizada a coluna de áudio Memórias do Futebol da semana. O personagem é Sylvinho, lateral-esquerdo de Corinthians e clubes europeus anos atrás. Depois, o ingresso dele como auxiliar técnico de Tite na Seleção Brasileira.

DERROTA

Esta derrota do Guarani para a Chapecoense por 2 a 0 na noite desta segunda-feira, no interior catarinense, vai originar ‘ene’ interpretações.

Uns dirão que se o time convertesse os dois pênalti favoráveis traria o empate.

Outros vão criticar duramente o treinador Carpini pelas mexidas na equipe para iniciar a partida.

De certo vai sobrar também para o volante Igor Henrique, que imprudentemente foi expulso por falta desnecessária na zona morta do campo sobre Willian Oliveira, quando recebeu o segundo cartão amarelo.

ELEVAR A ESTATURA

Vamos por parte, como diz o esquartejador.

Pensou racionalmente Carpini quando optou em aumentar a estatura da defesa com a improvisação do zagueiro Wálber na lateral-esquerda.

Sabia-se que o time teria perda na saída de bola pelo setor, mas a incerteza na bola aérea defensiva exigiu, na circunstância, a estratégia, até porque os zagueiros Joílson e Luiz Otávio, da Chapecoense, têm 1,88m e 1,94m de altura respectivamente, e aparecem na área adversária em lances de bola parada.

Exceto essa prudência, cabem críticas ao treinador Carpini.

Escalar a equipe com três atacantes não tinha sentido.

Sem saída de bola pela esquerda, com o lateral-direito Pablo atravessando fase irregular, e considerando-se que o volante Igor Henrique está fora de ritmo e Deivid não é passador de bola, não seria recomendável apostar que apenas Lucas Crispim seria o organizador de jogadas ofensivas.

DOMÍNIO DA CHAPE

Como a proposta inicial do Guarani não prosperaria, disso se aproveitou a Chapecoense para distribuição mais organizada na saída de bola da defesa e atingir o domínio da partida durante o primeiro tempo.

Assim, como a bola rondou seguidamente a área bugrina, era natural se prever risco de falha que comprometesse a equipe.

Dito e feito. Em lance de bola parada contra a defensiva bugrina, o zagueiro Romércio vacilou na disputa com Luiz Otávio, perdeu a disputa pelo alto, e na sequência Aslon arrematou, aos 39 minutos, e abriu o placar.

O Guarani sequer absorveu o golpe e dois minutos depois, em falha de saída de bola e novo descuido de Romércio na marcação, sofreu o segundo gol, com aproveitamento do centroavante Anselmo Ramon em chute rasteiro e defensável.

BIDU

Bidu, reserva de luxo no primeiro tempo, foi escalado após o intervalo, com Carpini sacando Wálber.

Ora, por que começar a partida com o atacante Rafael Costa, com projeção natural de que a bola não chegaria qualificada ao ataque?

Prudente seria Carpini ter agrupado quatro homens no meio de campo, incluso Bidu desde o início, em vez de Rafael Costa.

Em última análise, com o setor povoado, a Chapecoense não teria tanta facilidade para controlar o jogo.

De qualquer forma, quando se esperava um Guarani com ajustes no segundo tempo, Igor Henrique acabou expulso infantilmente aos seis minutos.

CHAPE ACOMODOU

A percepção geral da Chapecoense era que o Guarani não teria forças para incomodá-la, e isso implicou em acomodação de jogadores como o lateral-direito Matheus e atacante Aylon.

Até o treinador Umberto Louzer se desconcentrou nas alterações, com a entrada do oscilante Roberto no lugar de Paulinho Mocelim, embora ele já estivesse desgastado.

Louzer também manteve em campo Anselmo Ramon, que se arrastava, até os 42 minutos do segundo tempo, e por isso ele sequer conseguiu acompanhar o volante bugrino Deivid dentro da área, comentando pênalti ao empurrá-lo, aos 39 minutos.

GIOVANNY E TODINHO

Por sorte dos catarinenses, o Guarani desperdiçou a segunda cobrança, desta vez através de Giovanny com bola na trave, visto que aos 25 minutos Todinho cobrou e o goleiro João Ricardo defendeu.

Este pênalti desperdiçado por Todinho surgiu em falta desnecessária de Joílson sobre Waguininho.

Então, a maior movimentação ofensiva do Guarani no segundo tempo não significou melhora de rendimento, mesmo com as substituições.

Aumentou a posse de bola em decorrência da piora da Chapecoense após as substituições e falta de apetite de alguns de seus jogadores, mais preocupados em tocar a bola e administrar a vantagem.

Se alguém duvida disso, vamos aos fatos: exceto os pênaltis já descritos, quais as reais oportunidades criadas pelo time bugrino? Ou melhor, coloque o pronome no singular: qual a oportunidade criada?