Empresas que investem no futebol brasileiro

Veja quais são setores lideraram os patrocínios no futebol brasileiros nos últimos anos e quais empresas se destacaram com estas ações

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Empresas que investem no futebol brasileiro

Campinas, SP, 18 (AFI) – Diferentemente de outros campeonatos de renome internacional, como a La Liga e a Premier League, em que grandes times possuem apenas um ou dois patrocínios estampados em sua camisa, é pouco comum no Brasil que apenas uma marca estampe a camiseta dos jogadores de um clube. Provavelmente, você deve ter visto muitas empresas de palpites de futebol nos uniformes recentes.

Esta posição principal no peito dos jogadores conhecida como “patrocinador master” embora aconteça em terras tupiniquins, costuma disputar espaço com outras marcas, que compram espaços nas mangas, ombros, costas ou onde quer que haja espaço em uma camiseta.

Por isso, no Brasil, quando falamos de empresas que costumam patrocinar clubes brasileiros, agrupamos elas em setores dispostos a oferecer uma parte de suas verbas a esses clubes, buscando levar suas marcas a um grande número de telespectadores nacionais, sejam eles torcedores ou não.

Nos últimos cinco anos, por exemplo, grande parte dos clubes brasileiros estamparam suas camisetas com o logo de marcas do setor financeiro, principalmente de fintechs (bancos digitais). Em 2021, este setor perdeu sua posição de maior patrocinador de clubes do futebol brasileiro para o mercado de apostas que se tornou o líder dos patrocinadores masters, conquistando espaços principais nas camisetas de sete clubes da Série A do Brasileirão em 2021.

Confira a seguir os principais setores que marcaram presença na temporada passada, com destaque para algumas marcas, que conseguiram emplacar mais de um patrocínio na elite do futebol brasileiro.

Empresas de apostas esportivas

Como já citamos acima, o setor de apostas esportivas foi o principal patrocinador máster em 2021, conquistando sete dos vinte peitorais disponíveis na Série A, colocando o setor financeiro em segundo lugar após anos da predominância deles como patrocinadores esportivos.

Nesta temporada, tivemos o destaque do Betano, um dos melhores sites apostas futebol e a única empresa do ramo a ter sua marca destacada em duas camisetas: o campeão do Brasileirão, Atlético-MG e o Fluminense, que conquistou a sétima posição.

Fora da categoria patrocinador master, podemos aumentar o grupo de patrocinadores de apostas esportivas para dezenove dos vinte times da Série A. Isso porque alguns times não podem dar este destaque para outras marcas, como por exemplo o Palmeiras, que possui a Crefisa como patrocinador em destaque, embora tenha contrato com a Dafabet para ativação da marca em seu estádio e eventos.

Empresas do ramo financeiro

Embora tenha perdido o alto do pódio de maiores patrocinadores do futebol brasileiro para empresas de apostas esportivas, o ramo financeiro ainda é o segundo entre patrocinadores de futebol por aqui, tendo sido o primeiro colocado em 2019 e 2020.

Algumas marcas de renome nacional, internacional e até regional ainda marcam presença no patrocínio de futebol, entre elas a Crefisa, patrocinador do Palmeiras, o BMG, patrocinador do Corinthians, o BRB, Banco de Brasília, patrocinador do Flamengo e o Barinsul, patrocinador do Grêmio e Internacional (16 milhões de reais cada).

Além destas duas principais, que encabeçam a lista de maiores patrocinadores máster há quase uma década, o Brasileirão também conta com outros setores que se destacam em números. Entre eles temos empresas do setor imobiliário, construção e acabamentos, que fecharam 39 contratos na última temporada.

O que vem por aí

Com a promessa de regularização de todo o setor de apostas no Brasil, até 2022, é possível que vejamos cada vez mais sites de apostas esportivas patrocinando tanto os clubes tradicionais quanto os novos clubes-empresas, que a cada ano irão se tornar maiores.

Além disso, também há uma nova onda de investidores particulares, ou seja, pessoas físicas dissociadas de qualquer empresa atuante em outro ramo, comprando ou investindo em clubes nacionais. Um exemplo dessa movimentação foi a compra do Cruzeiro em 2021 por parte de um grupo de acionistas liderados por Ronaldo Fenômeno.