Empresário que organizou voo que matou Emiliano Sala recebe sentença de prisão

Corpo de Sala só foi encontrado dias depois do acidente, junto a destroços do avião, no Canal da Mancha

Empresário já havia sido condenado em outubro pela morte do atleta em 2019

emiliano sala
Prisão no Caso Sala. (Foto: Divulgação)

Campinas, SP, 12 (AFI) – David Henderson, empresário que organizou o voo que matou Emiliano Sala, teve sua sentença divulgada nesta sexta-feira. Aos 67 anos, ele foi condenado a 18 meses de prisão por imprudência e negligência.

O empresário já havia sido condenado em outubro pela morte do atleta em 2019. Então no Nantes, da França, Sala embarcou para assinar com o Cardiff City, da Inglaterra, mas o avião caiu.

David Henderson ainda foi punido com mais três meses de prisão, para ser cumprida junto com a outra sentença, pelo transporte sem autorização do jogador.

ACIDENTE!

O pequeno avião particular, em que viajavam o piloto David Ibbotson e o jogador de 28 anos, caiu no Canal da Mancha no dia 21 de janeiro de 2019. O atacante do Nantes seguia para a capital de Gales, onde tinha assinado um contrato de 17 milhões de euros (cerca de 105 milhões de reais) com o Cardiff City.

O corpo do jogador argentino foi recuperado do interior da aeronave mais de duas semanas após o acidente, a uma profundidade de 67 metros. Mas o corpo do piloto de 59 anos não foi encontrado.

Segundo a versão da acusação durante o processo, o réu deveria pilotar a aeronave, mas como estava de férias em Paris com sua esposa, confiou a missão a David Ibbotson, que não possuía licença de piloto comercial. Sua qualificação para este tipo de aeronave havia expirado e ele não possuía a competência necessária para a realização de voos noturnos.

Em março de 2020, o British Air Accident Investigation Office considerou, em seu relatório final, que o piloto David Ibbotson foi “provavelmente” intoxicado com monóxido de carbono do sistema de escapamento do motor.

As conclusões apontam que Ibbotson perdeu o controle do avião durante uma manobra realizada em velocidade muito elevada, “provavelmente” para evitar o mau tempo. A aeronave voava a 435 km/h no momento do impacto com a água, impossibilitando a sobrevivência de seus ocupantes.

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