Empate casaria bem para Ponte e Paraná; aí entrou em cena o zagueiro Luizão

Superando dificuldades diante do Paraná, a Ponte Preta realizou partida em nível de igualdade, e o resultado lógico seria empate.

Empate casaria bem para Ponte e Paraná; aí entrou em cena o zagueiro Luizão

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Futebol tem as suas razões que a própria razão desconhece.

A Ponte teve atuação pífia diante do Sampaio Corrêa, semana passada, e com ajuda do juiz ganhou o jogo.

Pois ela, desfalcada, presumindo-se que encontraria sérias dificuldades diante do Paraná, realizou partida em nível de igualdade, e o resultado lógico seria empate.

Seria, mas acabou castigada no final com o gol contra o zagueiro Luizão que, na tentativa de interceptar cruzamento rasteiro do lateral-direito Paulo Henrique, tocou na bola contra o próprio patrimônio: Paraná 2 a 1, na noite desta terça-feira, em Curitiba.

RENAN BRESSAN

Qualquer análise sobre o Paraná tem que obrigatoriamente ser dividida: primeiro até o meia Renan Bressan sair lesionado aos 26 minutos, e depois com o substituto Michel em campo.

Se Bressan dava o toque de qualidade pela apurava visão de jogo, e capacidade de movimentação, Michel não correspondeu.

Aí, mesmo quando alternou a posse de bola com a Ponte Preta, o Paraná não colocou em prática a cobrada rapidez, e isso permitiu que ela, bem posicionada na marcação, não lhe oferecesse brechas para penetração durante o primeiro tempo.

Com Bressan em campo o Paraná abriu o placar logo aos dois minutos, através dele mesmo, após perda de bola do lateral Lazaroni e desatenção do miolo de zaga pontepretano.

E o Paraná poderia ter ampliado três minutos depois, não fosse precisa defesa de Ivan em finalização de Meritão.

MACACA ACORDOU
Aí a Ponte acordou, entrou no jogo e chegou ao empate aos 15 minutos.

No cruzamento do meia João Paulo, da esquerda, o centroavante Matheus Peixoto se posicionou entre o zagueiro Fabrício e lateral-esquerdo Jean Victor para cabeceio certeiro.

E a Ponte até poderia ter virado o placar não fosse a desatenção de Peixoto, que não esperava furada da zaga paranaense, após cruzamento.

Pois o treinador pontepretano João Brigatti surpreendeu ao escalar equipe com dois atacantes de beirada, casos de Moisés e Guilherne Pato, o que traduz o esquema em 4-3-3.

POSSE DO PARANÁ

A maior posse de bola do Paraná durante o segundo tempo não implicou que tivesse assustado a meta da Ponte.

Pra quem tem goleiro da envergadura de Ivan, seria natural esperar que praticasse defesa em chute forte de Fabrício durante cobrança de falta, de longa distância, e finalização igualmente do ‘meio da rua’ de Jhony Douglas.

Enquanto o Paraná rodava a bola sem acelerar o jogo, a Ponte exercia forte marcação, com registro para melhoria de rendimento de Neto Moura na marcação.

Esse desdobramento da dupla de volantes implicou em desgaste e substituições.

Problema é que Danrley e Dawhan não entraram no mesmo ritmo, e isso implicou no aumento de posse de bola do Paraná do treinador Alan Aal, que teimosamente manteve em campo até os 41 minutos do segundo tempo o atacante Biteco, que perdeu a maioria das jogadas.

E quando tudo encaminhava para o empate, a Ponte sofreu o castigo aos 43 minutos por duas razões: primeiro que, naquela altura, jamais deveria oferecer a chance do Paraná contra-atacar. Segundo porque Luizão, zagueiro com claras limitações, não teve a devida mobilidade para interceptar a bola à escanteio.

De qualquer forma, pela impressão favorável, a derrota não arranha a trajetória da Ponte Preta nesta Série B do Campeonato Brasileiro.

MEMÓRIAS DO FUTEBOL

Está atualizada a coluna semanal Memórias do Futebol, em áudio de repercussão nacional.

O personagem em foco é o treinador Roger Machado do Bahia, crítico contundente da discriminação racial no país, mas registro para carreira dele enquanto atleta, iniciada no Grêmio na década de 90.