Em reunião com emir do Catar, Bolsonaro defende Copa do Mundo a cada dois anos

Presidente do Brasil reforçou que essa é apenas sua opinião de "peladeiro"

Ainda completou dizendo que o que a CBF decidir, ele "está com eles"

Bolsonaro
Bolsonaro e presidente da Fifa, Gianni Infantino - Foto: Reprodução

Campinas, SP, 17 (AFI) – Em visita ao Oriente Médio, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que apoia a proposta da Fifa de realizar a Copa do Mundo a cada dois anos, em vez da periodicidade atual, de quatro em quatro anos. Ele fez a declaração ao lado do presidente da entidade, o suíço Gianni Infantino.

“A CBF é que vai dar o norte de como proceder. Opinião minha como peladeiro: a Copa do Mundo de dois em dois é bem-vinda, ajuda no aspecto econômico. Sou apenas um torcedor, apaixonado por futebol, o que a CBF decidir estou com eles”, disse Bolsonaro.

A VISITA

O presidente e seus ministros também reuniram-se com o emir do Catar, xeque Tamim bin Hamad al-Thani. Eles visitaram o Estádio Lusail, que será a sede da final da Copa do Mundo de 2022. Bolsonaro disse que o governo do Catar defende a alteração na periodicidade do torneio e indicou que vai conversar sobre o tema com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

ENTENDA A PROPOSTA

A proposta da Fifa é realizar a cada dois anos a Copa do Mundo, em vez de a cada quatro, como ocorre atualmente. A ideia é controversa e já gerou diversas críticas por parte dos clubes e das entidades europeias. A Uefa, que perderia dinheiro com a proposta, reclama também do desgaste dos jogadores.

Na América do Sul, a ideia também vem prosperando. Até o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, já criticou a proposta. E sugeriu possível boicote das seleções da região à Copa caso o novo formato seja aprovado no futuro.

Diante dos ataques, a Fifa deu um passo atrás em seus planos e indicou que a ideia só voltará a ser discutida em 2022. Uma reunião em dezembro entre a entidade e suas 211 federações associadas deve indicar qual caminho a Fifa deve seguir com a controversa proposta.

Felipe Frazão

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