Eduardo Negrão, o novo colunista do Futebol Interior

Eduardo Negrão foi diretor executivo da FBA, que fazia a gestão da Série B do Campeonato Brasileiro e de comunicação do "Clube dos 13" no início dos anos 2000

Eduardo Negrão, conhecido nos meios esportivos por suas atuações em gestão e assessoria de comunicação, além de atuar em vários veículos de mídia e com marketing político.

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Campinas, SP, 16 (AFI) – O Portal Futebol Interior apresenta um novo colunista. É Eduardo Negrão, conhecido nos meios esportivos por suas atuações em gestão e assessoria de comunicação, além de atuar em vários veículos de mídia e com marketing político.

Eduardo Negrão foi diretor executivo da FBA, que fazia a gestão da Série B do Campeonato Brasileiro e de comunicação do “Clube dos 13” no início dos anos 2000. Atualmente assessora a Associação Brasileira de Cronistas Esportivos (ABRACE) nas áreas comerciais e de comunicação.

Confira a primeira coluna de Eduardo Negrão no Futebol Interior

PSG: O TIME SEM ALMA!, por Eduardo Negrão

O Paris Saint Germain é um clube muito jovem (criado em 1970) com pouquíssima tradição no futebol europeu. Em 2011 o clube foi comprado por um braço do bilionário Fundo Soberano do Catar, a QSI ( Qatar Sports Investments) – o objetivo era dar mais visibilidade ao pequeno principado árabe e construir do zero um clube vencedor, uma marca mundial. Desde o início, o CEO do projeto foi o príncipe, Nasser Al Klelaif.

Assessorado pelo brasileiro Leonardo Nascimento, o príncipe catariano gastou centenas de milhões de euros na busca do ‘time perfeito’ para vencer a Champions League. E aí jaz o grande erro da direção do PSG – o foco deveria ser montar um grande elenco, começando por um grande técnico (isso o PSG jamais teve) e num segundo momento, pensar em títulos, em sinergia com as características do técnico.

Em 2017 a nababesca contratação de Neymar por $ 222 milhões de euros foi um passo equivocado tanto para o clube quanto para o jogador. Apesar da fortuna acumulada, Neymar nunca caiu nas graças da torcida e por anos seguidos tentou deixar o clube. Preso em sua gaiola dourada, Neymar nunca encontrou clube interessado em pagar a fortuna pelos seus direitos econômicos e salários. A maior prova de desprezo do brasileiro pelo PSG é que depois de 5 anos nem ele, nem seu empresário (o seu pai) se deram o trabalho de aprender francês. Um recorde, nunca um jogador permaneceu por mais de dois anos numa equipe francesa sem se tornar fluente numa das línguas mais faladas no mundo.

Mais recentemente a maior estrela do time, Kyllian Mbappé também pressiona para ser vendido ao Real Madrid.

No ano passado a imprevisível contratação de Lionel Messi também não surtiu efeito e Messi já fala em deixar o Paris em menos de um ano.

Internamente o clima é o pior possível, começando pelos goleiros Keylor Navas e Gianluigi Donnarumma, que se odeiam e não disfarçam. O técnico argentino Mauricio Pochettino nunca assumiu o controle do vestiário.

Em janeiro deste ano, após Messi ganhar a bola de ouro, Lionel e outros três jogadores sul-americanos não apareceram para treinar. Ninguém foi punido e o resto do elenco ficou furioso.

Como todos os outros ‘time dos sonhos’ montados em diversos momentos e países diferentes, o PSG tem muita mídia e pouco futebol.