Eduardo Baptista brinca com a sorte e se dá bem no empate da Ponte Preta

Equipe pontepretana arranca empate por 2 a 2 com o Palmeiras, em São Paulo

Eduardo Baptista brincou com a sorte e se deu bem no empate da Ponte Preta

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A sorte tem acompanhado o treinador da Ponte Preta Eduardo Paulista. Teimoso, contrariou opiniões da maioria e escalou o centroavante Wellington Paulista, quando o recomendável seria entrar com Rhayner diante do Palmeiras, na tarde deste domingo, no Parque Antártica, em partida que terminou empatada por 2 a 2.

E não é que Wellington Paulista não havia feito absolutamente nada no primeiro tempo, conforme o previsível. Como a Ponte perdia por 1 a 0, seria lógico a indicação que fosse substituído, mas Baptista, contrariou a lógica e preferiu bancá-lo.

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E não é que Wellington Paulista se incumbiu de marcar o gol de empate, mandando a lógica pras cucuias.

Claro que o Palmeiras intensificaria o ataque e isso resultou no segundo gol.

Naquela circunstância, evidente que o treinador Cuca, do Palmeiras, ou qualquer outro, recomendaria cuidados defensivos para se evitar o contra-ataque ao adversário.

E não é que para o sortudo do Eduardo Baptista o Palmeiras ofereceu o contra-ataque à Ponte Preta e Pottker, com velocidade e precisão de atacante, empatou o jogo: 2 a 2.

Futebol tem dessas coisas. Enquanto Baptista se equivoca e tem sorte; Cuca pensa o jogo como estrategista que é e perde dois pontos.

REINALDO

Cuca estudou a Ponte e conclui que precisaria jogar em cima do lateral-esquerdo Reinaldo. E ao fixar Roger Guedes por ali, tanto impediu as descidas do lateral como apostou em jogadas no setor para chegar ao gol.

Dito e feito. Roger Guedes forçou Reinado ao erro, fez jogada de fundo, cruzou, e Rafael Marques só empurrou para o gol vazio aos 15 minutos.

O erro do Palmeiras foi tentar administrar a vantagem, ao tocar a bola lentamente a espera de brecha na defesa da Ponte para explorá-la.

Assim, o primeiro tempo se arrastou sem grandes emoções, visto que a Ponte não ameaçava.

MAICON

No intervalo, Baptista se redimiu de outro erro de escalação, ao trocar o inútil futebol do meio-campista Maycon por Thiago Galhardo, que faz por merecer camisa no time.

Aí a Ponte passou a segurar mais a bola no ataque, e numa das jogadas o atacante Potkker sofreu pênalti.

De certo, jogadores palmeirenses até esperavam pela marcação do lance, mas o árbitro Héber Roberto Lopes mandou a jogada prosseguir e Wendel deixou Wellington Paulista na cara do gol, para só conferir, aos seis minutos.

Natural que o Palmeiras pressionaria. Aí tem-se que reconhecer a aplicação defensiva da Ponte Preta, que dificultava a penetração dos palmeirenses. Sim, um mérito indiscutível de Baptista na estruturação defensiva de sua equipe.

Assim, o gol de desempate do Palmeiras só teria que ocorrer pela instabilidade do goleiro Aranha, nitidamente fora de ritmo, que errou o tempo de bola em tentativa de interceptação, oferecendo possibilidade de o zagueiro Thiago Martins, no rebote e de cabeça, marcar aos 24 minutos.

POTKKER

Naquela altura, quando se presumia que o Palmeiras fosse optar pela administração da vantagem, incorreu no erro de oferecer o citado contra-ataque à Ponte, aproveitado por Pottker aos 27 minutos.

Dali frente, afora erros de saída da meta de Aranha, a Ponte não passou susto. Gastou o tempo defendendo de qualquer maneira, provocou cera que resultou em seis minutos de acréscimo, e teve cuidado para parar o veloz e insinuante atacante Allione, que havia entrado no lugar de Kleiton Xavier.

Portanto, a Ponte foi premiada pela aplicação defensiva e aproveitamento das raras oportunidades criadas ao longo da partida.

O Palmeiras foi castigado por dois erros de comportamento. Tentativa de administração do placar ainda no primeiro tempo, e ao deixar buracos defensivos quando o placar parecia definido.