Edílson diz que reduziu salário em 70%, mas "esquece" de contar o resto da história

Grupo gestor prometeu pagar o restante a partir de maio do ano que vem, quando eles entendem que a Raposa estará em melhor situação

Grupo gestor prometeu pagar o restante a partir de maio do ano que vem, quando eles entendem que a Raposa estará em melhor situação

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Belo Horizonte, MG, 10 (AFI) – O lateral-direito Edílson bateu no peito e falou, com todo orgulho, ao Fox Sports que reduziu seu salário em 70% para seguir no Cruzeiro após o rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro. A questão é que ele esqueceu de contar o resto e os jornalistas pouco quiseram saber.

É verdade que os jogadores que ficaram na Raposa, foram poucos, tiveram essa redução, mas o grupo gestor prometeu pagar o restante a partir de maio do ano que vem, quando eles entendem que a Raposa estará em melhor situação financeira.

“Eu, particularmente, reduzi meu salário em 70% para poder ficar. A grande maioria que ficou do ano passado para cá também reduziu bastante o salário, em torno de 70% a 80%”, disse o benfeitor.

História pela metade. (Foto: Bruno Haddad / Cruzeiro)

História pela metade. (Foto: Bruno Haddad / Cruzeiro)

“Então, a gente há vinha ajudando antes. Tudo no que a gente puder ajudar para que o Cruzeiro caminhe normalmente, como nós já fizemos antes, a gente vai tentar se reunir para poder fazer. Essa é a nossa forma de pensar por aqui”, continuou o lateral.

PANELINHA?
O Cruzeiro amargou o primeiro rebaixamento da sua história. Edílson preferiu culpar a crise política a falar dos erros em campo.

“Eu credito muito essa queda à crise política que o clube viveu. Sem sobra de dúvidas isso atrapalha muito. A gente sempre tenta filtrar, falar que não nos afeta, mas nos afetou sim. A saída do Mano Menezes era um dos nossos líderes, que comandava nosso vestiário, isso também pesou”, analisou Edílson que descartou “panelinha” para derrubar Rogério Ceni.

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“O Rogério, para mim, é um ídolo. É um cara que eu tenho um respeito muito grande pelo o que ele fez no futebol, mas tem coisas que eu não concordo que ele tenha feito. Assim como, de repente, tem coisa que ele não concorda que eu tenha feito naquele momento. Mas é vida que segue. O respeito por um ídolo vai ser sempre gigante. Não tinha panelinha, nosso grupo era unido, não tinha briga e ninguém queria derrubar treinador algum”, finalizou.