Essa reviravolta que a Ponte Preta colocou no pelotão de cima deste Campeonato Brasileiro da Série B nos remete ao lendário treinador Nenê Prancha que, embora falecido em 17 de janeiro de 1976, é tido como personagem imortal para o futebol.

Frasista por excelência, foi autor de uma das mais realistas frases da modalidade: ‘Futebol é uma caixinha de surpresa’.

Qual vidente poderia prognosticar que a sorte fosse companheira inseparável da Ponte Preta desde a chegada do treinador Gilson Kleina.

Pois o time joga mal, o adversário perde chances incríveis, e de repente numa escapa ou cabeceio de zagueiro a Ponte faz seu golzinho chorado e ganha o jogo.

Nesta batida ela assumiu a quinta colocação, e se ganhar do Coritiba, na noite desta terça-feira, há condicionante que nem precise da vitória na última rodada contra o Avaí, em Florianópolis.

Simples. Se Avaí no máximo empatar com o CSA em Maceió, no sábado – resultado plenamente previsível -, as coisas podem clarear de vez à Ponte.

Ganhando do Coritiba, ela pula para 59 pontos, 16 vitória e saldo que passaria a superar dez gols.

Se o Avaí empatar com o CSA, sobe para 58 pontos, e um novo empate com a Ponte continuaria atrás.

Claro que nessa linha de raciocínio, Londrina e Vila Nova não poderiam ganhar mais de que quatro pontos em seus jogos.

Londrina recepciona o CRB e sai para enfrentar o Guarani.

Vila Nova recebe o Criciúma e será visitante contra o São Bento.

SE A PONTE EMPATAR?

Na hipótese de a Ponte empatar com o Coritiba, aí azeda a boca da potranca, como dizia o saudoso radialista Renato Silva.

Passa a depender de combinação de resultados que passam por derrotas de Goiás, Vila Nova, Londrina, Avaí e CSA.

Na remotíssima hipótese de derrota, aí irremediavelmente terão que desejar feliz 2019 à Ponte Preta.