DNA! Filho de Neneca, ídolo do Guarani, defende pênalti em jogo da Copa SP

Jovem quer seguir os passos do pai, ídolo e campeão brasileiro com o Guarani

Neneca Londrina 2022
Neneca é uma das promessas da base do Tubarão

São Bernardo do Campo, SP, 11 (AFI) – O futebol tem histórias incríveis e nesta quarta-feira mais uma foi escrita. Filho do ídolo do Guarani, Neneca, o também goleiro Neneca, do Londrina, relembrou os bons tempos do pai ao defender pênalti na vitória do time paranaense sobre o EC São Bernardo, pela Copa São Paulo de Futebol Júnior.

A partida estava com 21 minutos do segundo tempo, quando Neneca defendeu cobrança de pênalti do time paulista e deixou o Londrina em ótima situação em campo para vencer e garantir vaga na segunda fase da competição. Acabou saindo de campo muito abraçado por todos os companheiros.

No próximo dia 25 de janeiro fará sete anos da morte do goleiro Hélio Miguel, o Neneca, vítima de um câncer.

Nos últimos meses de vida, Neneca esteve radicado em Londrina (PR), sua cidade natal, onde inclusive faleceu e deixou sua família. E foi lá que seu filho, Hélio Miguel Júnior, também chamado de Neneca, buscou oportunidades no futebol.

Com Neneca, o jovem, o Londrina se classificou à segunda fase da Copinha e agora terá pela frente o São Caetano.

O INÍCIO NO BUGRE
Trazido a Campinas pelo então treinador Diede Lameiro em 1976, Neneca, ídolo bugrino, atravessou a melhor fase da carreira em Campinas. Usava a compleição física avantajada – 1,82m de altura – para arrojada saída da meta nas bolas alçadas contra a sua área.

Também exerceu liderança dentro e fora de campo. No gramado, comandava aos gritos o quarteto defensivo. Nos bastidores, sabia apagar ‘focos de incêndio’ no grupo, dialogava de forma transparente com membros de comissão técnica, e era um dos interlocutores dos boleiros com cartolas para quaisquer reivindicações.

Neneca Guarani
Neneca foi campeão pelo Bugre em 78

REGULARIDADE
A regularidade na meta do Guarani resultou em 778 minutos sem sofrer gol no ano do título nacional de 1978, marca que supera os tempos de América-MG quando ficou 537 minutos sem ser vazado. Todavia, seu recorde foi na passagem pelo Náutico no biênio 1974-75, quando não sofreu gol durante 1.636 minutos.

Com propensão para engordar, a carreira entrou em declínio e deixou o Guarani em 1980, transferindo-se ao Operário (MS). Ele ainda passou por Bragantino e encerrou a carreira de atleta no Votuporanguense em 1989.

Neneca jogava como atacante na infância, no interior do Paraná. Ao se aventurar como goleiro, em prolongamento de partidas através de decisão em cobranças de pênaltis, percebeu que tinha aptidão pela posição, e ali ficou.

Ele ainda participou como comandante de escolinhas de futebol para garotos e preparador de goleiros no próprio Guarani, sem repetir notoriedade dos tempos de atleta.

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